sábado, 19 de novembro de 2016

Roberto Freire assume Ministério da Cultura após saída de Marcelo Calero

• Novo ministro da Cultura garante que vai dar continuidade ao trabalho

Tânia Monteira, Vera Rosa e Carla Araújo - O Estado de S. Paulo

BRASÍLIA - O ministro da Cultura, Marcelo Calero, pediu demissão ao presidente Michel Temer nesta sexta-feira, 18, que logo convidou o deputado Roberto Freire (PPS-SP) para comandar a pasta. Temer agiu rápido, na tentativa de não alimentar nova agenda negativa para o governo.

Segundo o blog da Coluna do Estadão, uma das razões que motivaram a saída de Calero foi o impasse em torno do projeto, aprovado no Senado na semana passada, que dá à vaquejada status de manifestações da cultura nacional e os eleva à condição de patrimônio cultural imaterial do Brasil.

Com um relatório do Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (Iphan) em mãos, o ministro chegou a pedir ao presidente Michel Temer que vetasse a lei. Encontrou obstáculos de ministros próximos ao presidente, que defendem ainda que Temer faça um evento grandioso para sancioná-la já que o tema teve muita repercussão com a manifestação de vaqueiros em Brasília.

Freire é presidente nacional do PPS e ficou surpreso com o convite, feito à noite. "Vou analisar o que Calero fez e dar continuidade ao trabalho. O governo Temer é de ponderação, de diálogo, não acirra conflito", afirmou Freire ao Estado.

CRONOLOGIA
13 de maio
Michel Temer extingue o Ministério da Cultura.
21 de maio
Depois da forte pressão contrária da classe artística, Temer recria o MinC.
23 de maio
Marcelo Calero assume o ministério.
25 de maio
Um requerimento para a abertura da CPI da Rouanet é protocolado na Secretaria Geral da Câmara dos Deputados.
26 de julho
O MinC demite 81 funcionários ligados a diversas diretorias e instituições importantes de sua estrutura.
3 de setembro
Aos gritos de “golpista”, Calero tem o discurso interrompido no Festival de Cinema de Petrópolis.
18 de novembro
Marcelo Calero pede demissão irrevogável do ministério, motivado por divergências com alguns integrantes do governo.
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