terça-feira, 11 de abril de 2017

Petistas divergem sobre eleição no partido

- Valor Econômico

SÃO PAULO - Mesmo sem a conclusão da apuração, a primeira etapa da eleição do novo comando do PT já é alvo de divergências internas dentro do partido. Um dos líderes do movimento de oposição interna, o Muda PT, o secretário nacional de Formação, Carlos Henrique Árabe, responsabilizou ontem a corrente majoritária - Construindo um Novo Brasil (CNB) - pela baixa participação de militantes nas eleições ocorridas no domingo.

Segundo estimativa preliminar da cúpula do PT, pouco mais de 200 mil militantes participaram da escolha de seus dirigentes e delegados municipais.

Esse total representa menos da metade do número de votantes do Processo Eleitoral Direto (PED) de 2013. Há quatro anos -pouco antes da explosão da Operação Lava-Jato - o quorum superou 420 mil.

"Essa queda geral a 50% é de responsabilidade da CNB", acusou Árabe, para quem o atual comando não faz uma autocrítica acerca de seus procedimentos. "Eles se negam a reconhecer que existe uma crise", acrescentou.

Árabe reclama também do fato de o senador Lindbergh Farias (RJ) não ter votado na véspera porque pagou sua contribuição partidária no dia 28 de março.

Para ter direito a voto, os detentores de mandato, ocupantes de cargos comissionados e candidatos nas eleições internas, teriam que pagar sua contribuição partidária até o dia 20 de março. Do contrário, não poderiam votar.

Candidato à presidência do PT, Lindbergh não pode votar e alega não ter sido avisado dos prazos para participação no PED. Presidente do PT do Rio, Washington Quaquá diz que os prazos para participação no PED eram públicos.

A futura direção é a que comandará o partido nas eleições presidenciais de 2018. Seu mandato será de dois anos.

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