quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Coluna do Estadão/O Estado de S. Paulo: PMDB impõe condições para apoiar Alckmin

O PMDB coloca na mesa três condições para apoiar a candidatura do governador Geraldo Alckmin ao Planalto. A primeira é o PSDB apoiar não só a reforma da Previdência como também a tributária, que voltará a ser prioridade do governo. A segunda é Alckmin se comprometer a defender o legado do presidente Michel Temer antes, durante e depois da campanha. Diz um dirigente partidário que não adianta ele ganhar a eleição e falar em herança maldita no dia seguinte. A terceira condição é um candidato comum ao governo de São Paulo.

» Cacife. Além de ter o maior tempo de TV entre os partidos para propaganda eleitoral, o PMDB sabe que ninguém governa sem seu apoio no Congresso.

» Passo adiante. O presidente do PMDB, Romero Jucá, fez chegar ao prefeito João Doria (PSDB) que o partido apoia uma eventual candidatura dele ao governo de São Paulo caso as conversas se afunilem e Alckmin aceite as condições do partido.

» No pacote. Um acordo com Doria significa tirar o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, da disputa pelo governo. Em troca, o peemedebista receberia o apoio para uma vaga ao Senado.

» Apostando... Aliados de Temer têm dúvidas sobre se Alckmin aceitaria um acordo com o PMDB. Acham que ele pode preferir apoiar uma chapa José Serra-Gilberto Kassab ao governo de São Paulo.

» ...no W.O. Em troca, Kassab impediria uma candidatura do ministro Henrique Meirelles (Fazenda), filiado ao seu PSD, ao Planalto. O que deixaria o PMDB sem um plano B.

» Sobrou. FHC foi escalado para tentar dissuadir o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, de disputar as prévias do PSDB que vão definir o candidato ao Planalto.

» Só ele. O ex-presidente é tido como o único capaz de convencer Virgílio, que foi ministro do seu governo, a sair do jogo. O que permitiria o lançamento da candidatura de Alckmin neste mês e não só em fevereiro.

» Tá corrido. Com Lula e Bolsonaro já posicionados, os tucanos têm pressa para se colocar na disputa.

» Coisa do Aníbal. Tucanos graúdos dizem que só souberam do documento do Instituto Teotônio Vilela que defendeu “choque de capitalismo” pelos jornais.

» Não ajuda... A direção do PMDB pediu aos deputados do partido contrários à reforma da Previdência que não respondam a enquetes sobre o tema. Quer evitar contaminar outros partidos.

» Provocação. A executiva do DEM convocou convenção para o dia 14. Seria dia 13, mas o deputado Efraim Filho (PB) lembrou que 13 é coisa do PT.

» Sem explicação. Chamou a atenção de ministros do STF a defesa do governador Fernando Pimentel dizer que não entraria no mérito das acusações na sessão de ontem em que a Corte começou a discutir se aceita denúncia contra ele.

» O caso. Ficou sem explicação a acusação de que o mineiro recebeu R$ 15 milhões da Odebrecht.

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