segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Simpatia de jovens por Bolsonaro preocupa PT; sem Lula, eleitores migram para o deputado

Painel/Folha de S. Paulo

Retrato da quimera A simpatia dos jovens por Jair Bolsonaro tornou-se motivo de preocupação para o PT, que agora traça estratégias para minar o potencial do rival nessa fatia do eleitorado. A sigla identificou que, sem Lula na disputa pelo Planalto, parte dos jovens que o apoia migra para o deputado. Embora não faça sentido para os que ainda se aventuram na análise partidária/ideológica tradicional, o movimento, para o partido do ex-presidente, é prova do descolamento entre a sociedade e a política.

Falo por mim Em análises internas, petistas avaliam que entidades como a UNE, que antes faziam a ponte da legenda com os estudantes, perderam representatividade em parcela expressiva da juventude. Para tentar reverter esse fenômeno, o partido tenta se reconectar a diretórios estudantis —onde o PSOL passou a ter forte presença.

Aos números Segundo a última pesquisa Datafolha, publicada em outubro, Bolsonaro alcança sua melhor marca entre os eleitores de 16 a 24 anos: 24%. Lula também. Ele chega a 38%. Sem o nome do petista na urna, o deputado oscila para 27%.

Insaciáveis Com a possibilidade de que Henrique Meirelles decida mesmo disputar a Presidência, a sucessão no Ministério da Fazenda entrou no radar do Congresso. Líderes do governo fizeram chegar ao Planalto que o nome do secretário-executivo da pasta, Eduardo Guardia, não é bem-visto.
Vai por aqui Parlamentares começaram a defender que o atual presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, seja alçado ao posto.

Esse cara sou eu Após os sinais de que o presidente Michel Temer busca um candidato que defenda seu legado, Meirelles foi orientado a vestir a camisa do governo com mais afinco. Vai defender com unha e dentes não só as iniciativas de sua área.

O caminho Mesmo com a sinalização de que Luciano Huck não disputará o Planalto, o PPS quer continuar investindo na aproximação com o movimento Agora!

Sonho meu Aliados do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), dizem que ele trabalha com dois planos: A) o mais seguro, ser candidato a deputado e se reeleger comandante da Casa; B) viabilizar-se como um nome alternativo do centro para a Presidência já em 2018.

Passaporte Esses aliados observam que Maia passa “metade do tempo dele com políticos e a outra metade com gente da economia”. A dedicação do democrata a causas caras ao mercado seria mais um indicativo de que ele tenta se credenciar com grandes empresários e agentes importantes.

Vez dele O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso esteve com Tasso Jereissati (PSDB-CE) na semana passada e voltou a defender o nome do governador Geraldo Alckmin (SP) para o comando do PSDB. O desfecho da novela tucana ocorre nesta semana.

Réplica Presidente do PMDB, Romero Jucá enviou nota na qual lembra que Geddel Vieira Lima se licenciou do partido quando foi preso. Ele afirmou que, para mover uma expulsão, é preciso que alguém a peça e diz que Katia Abreu, que criticou a sigla ao ser desfiliada, deveria cobrar de si mesma a omissão.

Não custa tentar A defesa de Régis Fichtner, ex-secretário da Casa Civil do Rio, apresenta nesta semana pedido de habeas corpus ao TRF. Os advogados levantaram elementos para contestar o Ministério Público.

Culpa da internet Os representantes de Fichtner alegam que as mensagens apagadas de um e-mail usado por ele foram, na verdade, deletadas pelo servidor, programado para limpar a caixa de entrada a cada 180 dias.

Cadê O sumiço de e-mails foi apontado como um dos indícios de que Fichtner tentou obstruir investigações.

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