terça-feira, 14 de novembro de 2017

Temer mira mudança ampla em ministérios e avisa que não vai nomear quem for candidato em 2018

Painel / Folha de S. Paulo

Corte seco Michel Temer vai dar início à reforma ministerial já na próxima semana. Fez questão de iniciar as negociações com a base aliada recebendo o cacique do maior partido do centrão, Ciro Nogueira (PI), do PP. Nesta terça (14), o papo será com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). O peemedebista deu sinais de que busca uma mudança mais ampla e avisou a aliados que não nomeará gente que vai disputar a eleição em 2018. Não quer se ver obrigado a fazer novas trocas em abril.

Ser ou não ser O presidente quer substituir de uma vez todos os ministros que serão candidatos em 2018, mas ainda não bateu martelo. Receia fragilizar politicamente auxiliares que vão disputar cargos no ano que vem, mas não têm mandato eletivo, como Gilberto Kassab (PSD) e Marcos Pereira (PRB).

Ironia do destino Bruno Araújo (PSDB-PE) deu de cara com Ciro Nogueira (PP-PI) no gabinete de Temer quando foi entregar seu pedido de exoneração do Ministério das Cidades. Ciro preside o PP, a sigla que mais pressionou o presidente a desalojar os ministros tucanos.

Requintes O presidente do PP estava na ala reservada do gabinete presidencial. Araújo, por sua vez, foi acomodado na sala principal. O Ministério das Cidades sempre foi alvo da cobiça do centrão.

Fatos… Aliados de Bruno Araújo dizem que ele deixou o ministério em decisão acertada com seu grupo político para coordenar a campanha de Marconi Perillo (GO) à presidência do PSDB.

…e versões Na verdade, o agora ex-ministro consultou seus colegas da Esplanada e percebeu que, se quisesse sair apenas para não ser saído, teria que fazê-lo sozinho. Ele fez e foi criticado por deixar os tucanos remanescentes em situação constrangedora.

Na agenda A CPI da JBS marcou para o dia 30 de novembro o depoimento, por teleconferência, do advogado Rodrigo Tacla Durán, que trabalhou para a Odebrecht e vive hoje foragido na Espanha.

Deu ruim O dono da Riachuelo, Flávio Rocha, se tornou réu na Justiça Federal do Rio Grande do Norte. Ele é acusado pelo Ministério Público Federal de coação, calúnia e injúria contra uma procuradora do Trabalho que questionou a contratação de terceirizados pela Guararapes, firma que controla a rede de lojas de departamento.

Silêncio Procurado, Rocha não quis comentar. Pessoas próximas lembram que, em outubro, quando o embate com o Ministério Público chegou ao limite, empregados das confecções terceirizadas decidiram doar um dia de trabalho para ajudar a pagar o advogado do empresário.

Cada cabeça… A Justiça do Trabalho da Bahia dá uma ideia de como será a batalha nos tribunais contra e a favor da lei trabalhista. No sábado (11), dia em que a nova legislação entrou em vigor, dois juízes tiveram entendimentos antagônicos sobre a aplicação da norma.

… uma sentença Enquanto o juiz José Cairo Júnior condenou um empregado citando a nova legislação, seu colega Murilo Carvalho Sampaio decidiu, em outro caso, que as novas regras não podem ser aplicadas a processos em curso. “Configuraria ofensa direta ao devido processo legal”, escreveu.

Tenho dito Cairo Júnior, por sua vez, anotou na sentença: “Ao contrário do que ocorre com as normas de direito material, as leis processuais produzem efeitos imediatos”. Ele usou a norma para cobrar o pagamento de honorários advocatícios do empregado por sucumbência.

Troco likes Fernando Segóvia, novo diretor da Polícia Federal, pediu nesta segunda-feira (13) para ser adicionado ao grupo de WhatsApp da Associação Nacional de Delegados da PF, que tem cerca de 600 integrantes, o “Fórum”. A entidade não endossou sua indicação ao posto.

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