sábado, 16 de dezembro de 2017

Coluna do Estadão/O Estado de S. Paulo: Alvos do petrolão devem se beneficiar de indulto

O ministro da Justiça, Torquato Jardim, disse à ‘Coluna’ que o indulto de Natal deste ano deve contemplar alvos da Lava Jato. Ele tende a repetir o modelo usado em 2015, no governo Dilma, quando se levou em consideração o bom comportamento do preso para que pudessem receber redução da pena ou perdão judicial. O MPF pede ao governo que o indulto não contemple acusados de crime de colarinho-branco, como os do petrolão. O ministro reage. “Escolher um crime para excluir ou incluir no indulto significa personalizar ou favorecer alguém.”

» Sem carimbo. “A tendência é o Ministério da Justiça reforçar a tradição de critérios abstratos, independemente dos crimes para não ficar direcionando indultos ou comutação de pena para tais pessoas”, diz o atual ministro da Justiça.

» A lista. Seguindo esses parâmetros, o indulto pode beneficiar 37 condenados da Lava Jato. Entre eles, José Carlos Bumlai e Delúbio Soares. Os dois estão soltos e poderiam ter a pena reduzida. A lista é da Procuradoria da República no Paraná.

» Como foi. Em 2016, Temer quebrou a tradição e não concedeu redução da pena. Na época, o presidente atendeu a reivindicação do então ministro da Justiça, Alexandre de Moraes.

» Vem pra cá. O líder do PMDB na Câmara, Baleia Rossi, convidou o general Sérgio Etchegoyen, chefe do Gabinete de Segurança Institucional do governo, para se filiar ao partido. O general não topou.

» Efeito ‘Mito’. O objetivo de Baleia era lançar o militar a algum cargo proporcional ou majoritário em 2018 e reduzir a influência de nomes como o do presidenciável Jair Bolsonaro.

» Quem? Os petistas do Ceará resolveram se divertir e agora chamam o presidente do Senado, Eunício Oliveira, do PMDB, somente pelo sobrenome. Neoaliado dos petistas, o senador sempre se elegeu usando o primeiro nome.

» Fui! Filho do senador Zezé Perrellla (PMDB-MG), Gustavo Perrella foi exonerado do cargo de secretário do Ministério dos Esportes quarta para assumir uma vaga na direção da CBF. O pai é dirigente do Cruzeiro.

Nada se cria... O mote “Coragem para mudar o Brasil”, utilizado por um grupo de demistas para lançar Rodrigo Maia candidato ao Planalto, ontem, em Fortaleza, foi criado pelo marqueteiro Argentino Diego Brandy para a campanha de Eduardo Campos e Marina Silva ao Planalto em 2014.

» É atual. Dirigentes do DEM justificam que adotaram o slogan por traduzir os rumos que querem dar à campanha de Maia. Justificam que ele tem coragem de enfrentar as reformas de que o País precisa.

» Justiça... O ministro Celso de Mello está revisando o relatório de uma ação penal contra o deputado Flaviano Melo (PMDB-AC) nove anos após as alegações finais, última etapa antes do julgamento pelo STF.

» ...rápida. Melo é réu por gestão fraudulenta desde 2002. O processo, no Supremo desde 2007, já teve pedidos de três procuradores-gerais de prioridade na pauta. Raquel Dodge entrou no caso na semana passada.

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