quinta-feira, 12 de abril de 2018

Ricardo Noblat: Lula e Marisa Letícia (Ou: Quem usou quem?)

- Blog do Noblat | Veja

Acredite se quiser...

Lula usou Marisa Letícia, sua mulher, para obter benefícios indecentes tipo o sítio de Atibaia, reformado de graça pelas construtoras OAS e Odebrecht?

Ou Marisa Letícia usou o nome de Lula para obter benefícios indecentes tipo o tríplex na praia do Guarujá, ampliado e reformado de graça pela construtora OAS?

Ou as reformas do sítio e do tríplex jamais foram de fato um presente que o casal aceitou de bom grado, mas sim uma maneira de disfarçar pagamentos de propina a Lula?

Em depoimento ao juiz Sérgio Moro, Lula insinuou que o tríplex era “coisa” de Marisa Letícia. O sítio, uma “surpresa” que Marisa Letícia fez a Lula, segundo o empresário Emílio Odebrecht.

No caso do sítio, que antes o casal sempre usara como se fosse seu, Lula teria levado um “grande susto” ao visitá-lo pela primeira vez depois de ter deixado a presidência da República.

O sítio estava um esplendor. O que era uma granja modesta passara a ser um sítio de luxo, com uma casa maior, adega, lago e até uma torre de celular nas redondezas. Um brinco!

Digamos que Marisa Letícia, que morreu sem ter sido ouvida pela polícia uma vez que Lula nunca deixou, afinal tivesse aprontado sem que o marido soubesse de nada.

Ora, por que Lula não a desautorizou? Por que não se recusou a frequentar o sítio? Por que só desistiu do tríplex reformado depois que o saque à Petrobras havia virado um escândalo?

Pobre Marisa Letícia, uma mulher simples, sem cultura, dedicada aos filhos, vítima de falsos amigos do casal que inescrupulosamente a envolveram em suas tramoias…

Coitado de Lula que jamais ligou para nada que não fosse política, generoso com todos que o cercavam e, por isso, descuidado, cego ante os ambiciosos que se aproveitaram dele…

Comovente história! Concebida para inocentar o chefe da família e sua companheira dedicada e, infelizmente, morta. Que a compre os crédulos. A Justiça não parece disposta a comprá-la.

Em 1989, o deputado Ulysses Guimarães, presidente do PMDB e condestável da Nova República, lamentou ao ser informado que Lula morava de graça em imóvel cedido por um amigo:

– O problema desse rapaz [Lula] é que ele gosta de viver de obséquios.

Gosto antigo, pelo visto.

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