quarta-feira, 30 de maio de 2018

Greve perde fôlego, mas desabastecimento preocupa

Normalização da venda de combustíveis deve levar uma semana; supermercados estimam prazo em um mês

- O Estado de S. Paulo.

A paralisação dos caminhoneiros começou a dar sinais de enfraquecimento no 9.º dia. Nas grandes cidades, as filas nos postos são o sinal de que a crise de desabastecimento está mais perto de uma solução. A Plural, associação que reúne as grandes distribuidoras de combustível, avalia ser necessária pelo menos uma semana para que o mercado se normalize. Nos supermercados, a associação paulista do setor estima esse prazo em até 30 dias. Apesar dos sinais positivos, focos de resistência entre os caminhoneiros ainda eram vistos ontem em todo o País. Em rodovias como a Régis Bittencourt, em SP, e a BR-040, em GO, a ordem das lideranças era resistir. Mas o ânimo entre os motoristas vinha arrefecendo. À noite, o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, Ademir Sobrinho, informou que existiam apenas três bloqueios totais – no DF, em MG e no CE – e nenhum deles feito por caminhoneiros.

Após nove dias, a paralisação dos caminhoneiros começa a dar sinais de enfraquecimento. O resultado disso já pode ser visto nas ruas das grandes cidades: as grandes filas nos postos de combustíveis são o sinal de que a grave crise de desabastecimento está mais perto de uma solução.

Mas não será rápido. Se tudo correr bem, a Plural, associação que reúne as grandes distribuidoras de combustível, avalia que será necessária pelo menos uma semana para tudo se normalizar. Nos supermercados, as prateleiras vão levar ainda mais tempo para voltarem a encher completamente. A Associação Paulista de Supermercados estima esse prazo em até 30 dias, já que a cadeia de produção de alimentos foi desestruturada.

Apesar dos sinais positivos, focos de resistência entre os caminhoneiros ainda eram vistos ontem em todo o País. Em rodovias como a Regis Bittencourt, em São Paulo, e a BR-040, em Goiás, a ordem das lideranças ainda era resistir. Mas o ânimo entre os motoristas vinha arrefecendo.

Em balanço apresentado no início da noite de ontem, o chefe do Estado Maior Conjunto das Forças Armadas, Ademir Sobrinho, informou que existiam três bloqueios totais: na BR-070, na saída do Distrito Federal para Goiás, em Minas Gerais e no Ceará. Mas, segundo Sobrinho, nenhum deles é feito por caminhoneiros. O que têm surgido são protestos alheias à categoria, que já provocaram confrontos entre manifestantes e policiais em pelo menos quatro pontos do País. O mais grave foi em Bacabeira, no Maranhão, onde sete pessoas foram presas – nenhuma delas era caminhoneiro, segundo o governo.

“Evidentemente, percebo que os líderes dos movimentos estão dizendo para voltar o trabalho e isso está começando a dar resultado. Tenho a impressão que entre hoje e amanhã estaremos com isso já normalizado”, disse o presidente Michel Temer, em entrevista à TV Brasil, ontem.

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