quinta-feira, 28 de junho de 2018

Falta de adesão: Marina mira ‘bancada indígena’

Pré-candidata procura nomes para garantir bancada na Câmara

Maria Lima | O Globo

Com dificuldades para firmar alianças na corrida eleitoral, a campanha da pré-candidata Marina Silva (Rede) se preocupa ainda com a própria sobrevivência do partido. Com apenas dois deputados federais e um senador, a legenda criada em 2015 precisa cumprir a cláusula de barreira aprovada pelo Congresso que limita o acesso de partidos a recursos públicos.

Nos últimos dias, Marina percorreu o país de Norte a Sul lançando pré-candidatos pela Rede. Empenhada em superar as dificuldades, a ex-senadora apelou até para o fortalecimento de uma bancada indígena. A Rede já lançou pelo menos 15 pré-candidatos a deputado federal e estadual de diferentes etnias, principalmente de Norte e Nordeste.

— Oito segundos de televisão é o que eu tenho. Eu dizia que eram dez, mas me tiraram dois, baixou. Pouquíssimos recursos. Estamos trabalhando para poder ter alianças. Não é fácil. Porque também foi feita uma cláusula de barreira para criar uma situação em que cada partido tem que pensar: eu existo ou eu cuido do projeto nacional? — lamentou, em evento na noite de terça, em Brasília.

A legislação determina que, a partir de 2019, só terá direito aos recursos do fundo partidário e ao tempo de propaganda no rádio e na TV o partido que receber ao menos 1,5% dos votos válidos nas eleições de 2018 para a Câmara dos Deputados, além de 1,5% dos votos em nove estados e eleger pelo menos um deputado federal em nove estados.

Articulador político da campanha, Pedro Ivo reconhece que uma coligação nacional para cumprir a cláusula de barreira está bem distante.

— Tem estado que vamos eleger mais de um deputado federal, mas o desafio para atingir a meta da cláusula de barreira é eleger pelo menos um em nove estados — diz Pedro Ivo.

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