terça-feira, 7 de outubro de 2008

Lula e a crise

Se houvesse uma lei sobre “decoro de cargo público” Lula seria o primeiro réu. É um craque em inventar, mentir. Só falta inventar que foi ele quem criou a figura de Deus. Bom, ele é pernambucano, daquela tradição gabolice que afirma, com toda a certeza, que o oceano Atlântico é criação do Rio Capibaribe, o maior Rio do Estado.

Todos os dias inventa algo. Cria adversários fictícios, falsos e na seqüência passa a combatê-los.

Esta manhã, aqui no Rio, repetiu a dose. Raivoso, ou representando um ator em peça de teatro, afirmou que tem muita gente torcendo para que a crise globalizada atinja o país. E afirmou que o Brasil é outro, muito melhor, muito mais forte. Mas, esqueceu de informar ao distinto público que as medidas tomadas lá atrás, como o Proer, ele próprio acusou de neoliberalismo.

Só Lula e mais ninguém ouviu e leu declarações de opositores ou críticos de seu governo falando ou escrevendo essas bobagens.

Muito pelo contrário. É do próprio governo que vem os alertas da crise. Ontem mesmo, o Ministro da Fazenda e o Presidente do Banco Central convocaram a imprensa para acalmar os empresários e banqueiros. Eles declararam que essa crise é pior e mais duradoura que aquela de 1929. E como se conhece, aquela atingiu o Brasil. E, mais, anunciaram providêcias que foram sacramentas em medida provisória.

O que não pode são os responsáveis pela política econômica falarem uma coisa e o Presidente andar falando tolices nas suas apresentações teatrais.

Um comentário:

  1. Gilvan,
    estava passando pelo Ed. Avenida Central quando vi através de um monitor HD de 22 polegadas Lula gesticulando efusivamente ante os olhares admirados e complacentes da Ministra Dilma, do Ministro Lobão e do Governador Sérgio Cabral. Não havia som, só os gestos. Pura teatralidade. Quase uma pajelança para espantar a crise que já chegou. O peso dos gestos ajuda a jogar para frente, empurrar com a barriga o inevitável. A conta vai ser amarga mas pode ser paga depois das eleições. O Lula, neste momento, deixa o enfrentamento da crise para a tecnocracia sem voto enquanto ele cuida da sua própria continuidade política, desfilando com sua candidata por inaugurações e atos de aplauso fácil.
    A crise é do outro e se chegar aqui certamente foi por causa da nossa torcida para que tudo de errado. E assim vamos comandados pela demagogia e pelo populismo, que alguns ainda insistem em rotular como de "esquerda".

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