sábado, 29 de novembro de 2008

Freire: “chapa Dilma/Maggi será facimente derrotada”


ALEXANDRE APRÁ
Especial para o Diário de Cuiabá

Presidente nacional do PPS, junto com líderes tucanos, participou de evento ontem em Cuiabá que discutiu a crise e seus reflexos

O presidente da Executiva nacional do PPS, deputado Roberto Freire, afirmou que uma possível coligação entre o PT e o PR nas eleições presidenciais, com a ministra Dilma Roussef (PT) presidente e o governador Blairo Maggi (PR) como vice, será facilmente derrotada no pleito 2010.

A declaração foi dada ontem, durante a sua passagem no seminário sobre a crise da economia, promovida pela prefeitura da Capital, na tarde de ontem, onde foi referendada a “Carta de Cuiabá”.

Líderes políticos nacionais do PSDB, como o senador Tasso Jereissati e o deputado federal José Aníbal participaram das discussões sobre a crise, que contou com a palestra do secretário de Estado de Fazenda, Éder Moraes.

Em tom de ironia, ele disse que aprova a união dos partidos. “Eu até gostaria que os dois estivessem juntos na campanha de 2010, porque daí ficaria até mais fácil para o governador José Serra sair vitorioso”, disse.

O governador Blairo Maggi deixou o PPS após assumir publicamente apoio à reeleição do presidente Luis Inácio Lula da Silva, no segundo turno das eleições de 2006. Com ele, vários filiados, entre eles o presidente da Assembléia Legislativa, deputado Sérgio Ricardo, e o deputado federal Homero Pereira, também provocaram uma debandada dos socialistas para a sigla republicana.

Roberto Freire também se manifestou terminante contra qualquer movimentação para um terceiro mandato. “Terceiro mandato é sinônimo de golpe, de atitude antidemocrática”, afirmou. Para ele, a alternância de poder é uma das prerrogativas da democracia e uma permanência do presidente ou governadores seria uma possível volta da ditadura. “Quem ficava no poder quanto tempo queria eram os militares da ditadura. O Brasil não merece isso”, declarou.

Na avaliação dele, as especulações de um terceiro mandato estão sendo colocadas por políticos inexpressivos e sem credibilidade. “Qual é o parlamentar de bom-senso que se colocaria a favor dessa atitude totalmente antidemocrática? Só se for louco ou não tiver nada a perder”, sustentou o seu argumento.

Com seu estilo de opositor ferrenho, Roberto Freire aproveitou sua fala durante o Seminário “Cuiabá e a Crise” para fazer uma sessão piada. Em poucos minutos, ele leu algumas frases ditas pelo presidente Lula acerca da crise, que arrancaram risos da platéia presente.

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