quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Em nota, PPS defende formação de bloco de oposição para as eleições de 2010




Formar um bloco democrático reformista de oposição, vencer as eleições e governar o país. Esse é o objetivo fundamental do PPS para as eleições de 2010, expresso em nota aprovada nesta terça-feira pela Executiva Nacional e pela bancada federal do partido. A divulgação da nota acontece após a legenda já ter anunciado a decisão de apoiar o candidato do PSDB a presidente.

O documento critica a política econômica do governo Lula e o fato de ele ter paralisado as reformas do Estado. "O mais grave, no entanto, é que o governo e o partido que o hegemoniza abandonaram as reformas estruturais que o Brasil tanto necessita, capazes de permitir ao país efetivamente alcançar seu desenvolvimento e ser menos desigual", diz trecho da nota.

Somente esse bloco de oposição, acredita o PPS, é capaz de organizar um movimento nacional capaz de dar início a um novo ciclo virtuoso de transformações na economia e na sociedade. "Agora que a crise econômica “atravessou o Atlântico”, resta à sociedade e ao próximo governo construir uma outra perspectiva de desenvolvimento, fazer uma gestão transparente e com responsabilidade na condução da política econômica, resistindo ao economicismo que é prisioneiro do mero crescimento econômico, e tenha reflexos concretos nas políticas sociais".

O presidente nacional do PPS, Roberto Freire, frisa que está aberto o debate em torno de como deve ser construído esse bloco. As contribuições podem ser postadas nos comentários dessa matéria ou enviadas pelo e-mail secretariado@pps.org.br. Confira abaixo a íntegra da nota.

Nota da Comissão Executiva Nacional do PPS

A Comissão Executiva do Diretório Nacional do Partido Popular Socialista (PPS) decidiu trabalhar pela construção de um Bloco Democrático e Reformista, capaz de organizar um movimento nacional que vença as eleições presidenciais de 2010 e governe o pais, iniciando um ciclo virtuoso de transformações na economia e na sociedade.

Nos últimos seis anos, o atual governo se beneficiou de uma conjuntura financeira internacional que oferecia liquidez a todas as economias do mundo, graças a alavancagens jamais vistas no mercado, fazendo uso dos recursos fartos disponíveis, além de uma política fiscal de juros altíssimos e um verdadeiro populismo cambial, que transformou o país num entreposto de ganhos para os fluxos de capitais globalizados. Além de negar o discurso ético, o Executivo atropelou as instituições republicanas com a compra de parlamentares e partidos no episódio conhecido como o “mensalão”, a fim de controlar o Legislativo; criou e assenhoreou-se de dezenas de milhares de cargos públicos, usou os ganhos dessa ciranda para cooptar a sociedade organizada, trabalhadores e empresas para o interior do aparelho de Estado, ao mesmo tempo em que ofereceu e continua com políticas compensatórias para os mais pobres.

O mais grave, no entanto, é que o governo e o partido que o hegemoniza abandonaram as reformas estruturais que o Brasil tanto necessita, capazes de permitir ao país efetivamente alcançar seu desenvolvimento e ser menos desigual.

Agora que a crise econômica “atravessou o Atlântico”, resta à sociedade e ao próximo governo construir uma outra perspectiva de desenvolvimento, fazer uma gestão transparente e com responsabilidade na condução da política econômica, resistindo ao economicismo que é prisioneiro do mero crescimento econômico, e tenha reflexos concretos nas políticas sociais.

Assim, o PPS convoca os brasileiros para a formação deste Bloco Político de oposição ao atual governo e aberto à participação de partidos, lideres sindicais e comunitários, gestores públicos em todas as instancias, intelectuais, jovens, mulheres, universidades e escolas, lideranças religiosas, que apóiem seu programa e objetivos. No que diz respeito aos membros do PPS, cada um deverá ser portador desta proposta e assumir o dever de informar seus objetivos à sociedade, usando todos os meios possíveis de comunicação e informação.

Brasília, 2 de dezembro de 2008

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