quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

PT traça plano para colar crise em Serra

Clarissa Oliveira
DEU EM O ESTADO DE S. PAULO


Passadas as férias de fim de ano, o PT começou a definir esta semana sua estratégia de oposição ao governador José Serra (PSDB). Aproveitando os holofotes da crise financeira internacional, o partido traçou como plano de ação para os próximos meses colar no tucano os sinais de recessão e a percepção de que os abalos na economia poderão impactar nos níveis de emprego no Estado.

A ordem, diz a direção do partido, é dizer que o governo Serra permanece "apático" em relação à crise. "Diante da importância econômica que o Estado de São Paulo tem, o governo Serra tem sido absolutamente tímido e apático", disse o presidente estadual do PT, Edinho Silva, dando a linha de qual será o tom a partir de agora.

O PT paulista definiu qual será o primeiro ataque a Serra. Com base na tese de que o governo estadual já deveria ter apresentado um pacote contra a crise, petistas planejam montar sua própria proposta para aliviar sintomas de recessão. O texto deve ficar pronto até o dia 14 deste mês, quando será apresentado ao Diretório Estadual da legenda. A expectativa é de que seja cobrada, por exemplo, a redução do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

Com o plano, o PT espera pavimentar as discussões para a eleição de 2010. Cada crítica a Serra será acompanhada da comparação com medidas tomadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Petistas planejam citar a ampliação dos limites do programa Bolsa-Família, ou ainda a elevação do salário mínimo. "O debate sobre se o Estado deve interferir para evitar a crise ou deixar que o mercado resolva será determinante em 2010", diz o líder do PT na Assembleia Legislativa, Roberto Felício.

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