quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Para ela, País pode liderar economia no século 21

Moacir Assunção
DEU EM O ESTADO DE S. PAULO

Em entrevista à Rádio Eldorado, na manhã de ontem, a senadora Marina Silva (PT-AC) afirmou que o Brasil está em excelentes condições para liderar um movimento em favor da sustentabilidade no planeta, por conta de suas reservas hídricas e por ser uma potência ambiental. "O País pode liderar a economia do século 21, de baixo carbono. As condições para que o Brasil dê o grande salto em busca da sustentabilidade ambiental com desenvolvimento são semelhantes àquelas que os EUA conseguiram desenvolver no século 20", comparou.

Apesar do discurso de presidenciável, Marina continuou negando que já tenha decidido sair do PT, partido no qual milita há 30 anos, a fim de se transferir para o PV, onde disputaria o Palácio do Planalto. Por enquanto, segundo ela, o que tem ocorrido é uma discussão sobre questões programáticas ligadas à sustentabilidade ambiental, tema que, em sua visão, não tem sido debatido por nenhuma legenda. "Ainda não decidi (sair do PT). Estou amadurecendo a decisão, conversando com pessoas."

De acordo com Marina, a conversa com o PV passa pela questão da defesa da sustentabilidade ambiental aliada ao desenvolvimento econômico. "Esse tema precisa ser estratégico para o Brasil e não marginal, mas não tem sido debatido pelos partidos, a não ser por grupos minoritários. Não dá para atribuir a culpa a uma ou outra legenda", afirmou. Nem mesmo o PV, de acordo com a senadora, tem feito essa discussão a contento. "Mas há um esforço no PV para ressignificar a questão. Esse debate não tem sido feito nem mesmo pelos setores progressistas em termos sociais e culturais", disse.

Com relação à crise no Senado, Marina defendeu a posição da bancada do PT na Casa pelo afastamento temporário do presidente José Sarney (PMDB-AP), com o aprofundamento das investigações do Ministério Público, Tribunal de Contas da União (TCU) e Polícia Federal sobre atos secretos e nepotismo. "Defendi isso na bancada, junto ao presidente Lula e ao presidente Sarney. Acho que, além disso, deveríamos aproveitar a oportunidade para fazer um grande debate, com a participação da sociedade, sobre o Senado que queremos."

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