quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Para Itamar, o PSDB precisa definir os rumos

DEU NO VALOR ECONÔMICO

O ex-presidente da República Itamar Franco disse que já tem candidato a presidente para o próximo ano. Em entrevista ao programa "3 a 1", da TV Brasil, que foi ao ar ontem, Itamar disse que seu candidato é o atual governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB).

Itamar, que chegou a recusar a sugestão de Fernando Henrique Cardoso de nomear José Serra como ministro da Fazenda em 1993, não chegou a descartar a hipótese de apoiar Serra, caso o governador de São Paulo seja o nome dos tucanos na disputa pelo Palácio do Planalto.

"Eu posso recusar alguém para ser ministro, mas se o povo não recusá-lo para ser presidente da República, é outra coisa. Eu acho que hoje, no PSDB; só há um candidato, que é o Aécio. Há poucos dias, na cidade de Mariana, o Aécio de público fez uma despedida dizendo: eu estou aqui pela última vez, porque vou me desincompatibilizar para ser candidato", disse o ex-presidente.

Em relação a Serra, Itamar diz não sentir a mesma firmeza no propósito de se candidatar. "Ele ainda vai pensar [sobre a candidatura]. Ele não sabe, o outro [Aécio] já disse que é", analisou.

Ele diz acreditar que a candidata do governo será mesmo a atual ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. "Não adianta dizer que não é candidata. Ela é candidata. O governo já a colocou como candidata. Ela vai dar trabalho", comentou.

O ex-presidente ainda avaliou que o possível crescimento de Dilma em pesquisas internas se deve mais ao fato da oposição brasileira não ter ainda definido um rumo a tomar. "A oposição terá que estudar para debater com essa ministra. Ela domina bem o campo energético brasileiro, tem conhecimento do Brasil Porque ela está avançando? Por que a oposição brasileira não tem norte. Qual é no norte da oposição? Não vejo. A oposição brasileira está com a bússola descompensada", disse o ex-presidente, filiado ao PPS.

Itamar considerou ainda que os arranjos políticos regionais é que darão o tom das próximas eleições, em detrimento das alianças formadas no plano nacional "Pode-se ter uma composição nacional e uma composição diferentes nos Estados. Os partidos, que já não eram nacionais, vão passar a ser ainda mais partidos regionais", explicou.

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