quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Adversários notórios, Roriz e Cristovam avaliam aliança

Christiane Samarco, Brasília
DEU EM O ESTADO DE S. PAULO

A precipitação da corrida presidencial e a intensa movimentação dos pré-candidatos na reta final do prazo de filiação partidária para a eleição de 2010 abriu espaço a negociações inéditas. Uma delas foi a reunião de dois ex-governadores do Distrito Federal - Joaquim Roriz (sem-partido) e o senador Cristovam Buarque (PDT) - para costurar acordos. Tradicionais inimigos políticos, eles jantaram juntos na segunda-feira, na casa de um amigo comum, para costurar acordos. Não selaram um pacto, mas ficou a possibilidade de entendimento numa composição com Ciro Gomes (PSB) para presidente, Roriz para governador e Cristovam para o Senado.

No passado, o ex-peemedebista Roriz e o ex-petista Cristovam, que agora dividem a mesa, racharam ao meio o eleitorado do DF. Ambos foram protagonistas de uma disputa política renhida em 1998, que por várias vezes terminou com os "azuis" do PMDB, partidários de Roriz, trocando sopapos com os "vermelhos" do PT de Cristovam nas ruas de Brasília. Os dois disputavam o Palácio do Buriti, o então petista como candidato à reeleição.

Agora fora das trincheiras partidárias, Roriz encontrou na pré-candidatura de Ciro um motivo para convidar Cristovam para jantar. O pano de fundo da conversa foi a sucessão presidencial, mas o interesse de Roriz é de novo a sucessão ao governo do DF, para onde pretende voltar. Mesmo fora do PMDB, Roriz avalia que é um candidato imbatível nas classes C, D e E, assim como, a seu ver, o pedetista o é nas classes A e B.

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