segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Até Maluf defende e declara apoio a ex-ministro

Vera Rosa, BRASÍLIA
DEU EM O ESTADO DE S. PAULO

O PT ainda não bateu o martelo sobre o candidato ao governo de São Paulo, mas já tem apoio fora de casa garantido se quem estiver no páreo for o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci.
"Eu hoje me sinto comunista", ironiza o deputado Paulo Maluf (PP-SP), que num passado não muito distante era inimigo dos petistas.

"Estou à esquerda do PT e apoio Palocci, um homem injustiçado pela mídia." Alvo de vários processos e denúncias de corrupção, Maluf diz que a imprensa precisa "aprender" que Justiça não é só para condenar. "É também para inocentar e Palocci foi inocentado. Não interessa se por 5 a 4, 6 a 3 ou 9 a 0. O que interessa é que ele foi absolvido." O deputado não acredita que o ex-ministro tenha mandado quebrar o sigilo do caseiro Francenildo Costa e diz estar disposto a conversar com o PT para fechar uma coligação em São Paulo.

"Não há mais problema ideológico", constata Maluf, ao explicar por que se sente um "comunista".
"O PT defendeu com tal voracidade os bancos e os juros altos que, perto dos petistas, todo mundo afirma que estou à esquerda." Em feijoada que ofereceu a amigos para comemorar seus 78 anos, na quarta-feira, Maluf disse que Palocci precisa ser elogiado porque conseguiu "mudar" o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Lula ia ser o Fidel Castro do Brasil, mas nos surpreendeu.
Ele mudou, graças a Deus", insistiu o "anarquista" Maluf.

Entre os comensais, políticos do PT.

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