quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Dr. Felippe Mussi faleceu nesta segunda-feira, em Curitiba

Por: Da Redação
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PPS lamenta morte de Mussi

O presidente nacional do PPS, Roberto Freire, divulgou nesta terça-feira (22) nota de pesar pelo falecimento, em Curitiba, do presidente do Conselho de Ética do partido, o advogado Luiz Felipe Haj Mussi. Confira abaixo a íntegra da carta.

Uma imensa perda

Com a morte do advogado Luiz Felipe Haj Mussi, aos 64 anos, na noite de ontem (dia 21), em Curitiba/PR, o Partido Popular Socialista (PPS) sofre uma imensa perda em seus quadros mais qualificados. Além de ser o presidente do Conselho Nacional de Ética do PPS, à qual lhe dava o brilho de sua inteligência e sensibilidade, além do seu vasto conhecimento do Direito, Mussi era também o companheiro à disposição para qualquer tarefa partidária, fosse ligada à profissão que abraçou como meta de vida, fosse vinculada a qualquer uma das nossas frentes de atividades.

Tendo iniciado sua militância política no movimento estudantil, no final dos anos 60, enfrentou os “anos de chumbo” do regime militar, e já na condição de advogado, na primeira metade dos anos 70, teve participação importante na resistência aos governos militares, lutando pela redemocratização do Brasil e defendendo presos políticos. Destaque-se sua coragem cívica e profissional, quando assumiu o cargo de secretário da Segurança Pública no primeiro governo eleito pelo voto popular, o de José Richa (1983-1986).

Em 2006, tivemos o privilégio de tê-lo como candidato ao Senado, por seu estado natal, o Paraná, levando ao debate, em nome do PPS, a crítica ao que chamava de "coronelismo moderno" - os mesmos grupos políticos se revezam nas posições mais importantes da política estadual há décadas.

Advogado, membro do Instituto dos Advogados do Paraná (IAP), desembargador Federal do Trabalho, Luiz Felipe Haj Mussi foi um estudioso preocupado com a falta de segurança pública. Em artigo recente, publicado num dos principais jornais paranaenses, sobre Municipalização da Segurança, um tema que o apaixonava e que é um dos problemas mais complexos e delicados que temos no país, ele se dizia esperançoso de que “o texto constitucional possa ser modificado para permitir que cada estado da federação organize a sua própria polícia, civil, única, desmilitarizada, hierarquizada, controlada pela comunidade e ciosa da preservação dos direitos civis.”

Mussi, que foi velado no Palácio das Araucárias desde a madrugada, será enterrado hoje, às 17 horas, no Cemitério Parque Iguaçu.

Pessoa de fino trato, de decência, de leveza humana, de fidalguia no seu relacionamento interpessoal, o querido companheiro, que deixou conosco a marca de sua sabedoria, de seu compromisso partidário e de sua lhaneza em nossa convivência - deixa, simultaneamente, um grande vazio de sua presença física, de seu humor. A perda que nos alcança, com impacto, é bem maior, sem dúvida, em seus familiares – esposa, filhos e netos, a quem transmitimos, em nosso nome pessoal e da direção nacional do PPS, as nossas condolências e nossos votos de muita paz.

Brasília, 22 de Setembro de 2009

Roberto Freire
Presidente Nacional do PPS

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