sábado, 3 de outubro de 2009

Oposição da UNE diz que a entidade ignora que alunos foram prejudicados

DEU EM O GLOBO

Um grupo dissidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) criticou ontem o posicionamento da entidade diante do vazamento das provas do Enem. Em nota, assinada por nove integrantes da chapa que ficou em segundo lugar na eleição da UNE e que integra a diretoria, o grupo critica as declarações do presidente da entidade, Augusto Chagas, que se limitou a classificar o vazamento como “muito grave” e a pedir “rigorosa investigação”.

Para o grupo, a UNE e a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) “ignoram que quatro milhões de estudantes estão prejudicados”.

— Além de ser atrelada ao governo federal, a presidência da UNE não tem posicionamento firme sobre o problema. Além de defender a apuração rápida, era preciso exigir a participação dos estudantes na averiguação do vazamento — afirmou o diretor de Universidades Públicas da UNE, Silaedson da Silva Juninho, que faz parte do grupo chamado O.E. (Oposição de Esquerda).

Juninho informou que o grupo vai incentivar mobilizações nos grêmios estudantis na próxima semana para tentar articular um movimento nacional. A oposição da UNE quer formar uma comissão para ser recebida pelo governo federal.

— Não queremos só criticar, mas fazer parte do processo.

Queremos levar propostas. E a criação de uma comissão independente, formada não só pelas entidades, mas também por alunos de cursinhos pré-vestibulares, para acompanhar as investigações é a nossa primeira proposta — disse Juninho.

Na nota, o grupo se diz contrário ao Enem e diz que os protestos de estudantes quinta-feira são “o resultado de uma política desastrosa do governo Lula”.

“Além do fato de o governo federal, através do Ministério da Educação, ter empurrado tal modelo goela abaixo dos estudantes, se prova que técnica e politicamente a proposta é confusa e equivocada. (...) O fato é que o governo não teve capacidade de organizar o exame”

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