quinta-feira, 29 de outubro de 2009

PSDB negocia definição interna para janeiro

De Brasília
DEU NO VALOR ECONÔMICO


Negociação conduzida por um grupo de políticos do PSDB tentará levar a data de definição da candidatura do partido à Presidência da República para janeiro de 2010. Nem tão longe quanto quer o candidato José Serra, governador de São Paulo, que gostaria de tratar da campanha presidencial efetivamente só a partir de fevereiro ou março, mesmo que dê atenção maior a ela até lá; e nem tão perto como desejam o governador de Minas e também candidato, Aécio Neves, e o presidente do Democratas, Rodrigo Maia (RJ), que defendem uma providência até dezembro, no máximo. Aécio já havia acertado com Serra um ponto de equilíbrio para os dois mas a entrada em cena do presidente do DEM quebrou a harmonia que se avaliava estar em 80%.

Em janeiro, segundo a avaliação que se tem feito desde ontem, a partir dos argumentos de um e outro grupo, haverá tempo para fazer tudo o que for necessário. Será possível agradar a quem acha que a candidatura nacional pode ajudar a definição local das disputas, não haverá abandono precipitado dos governos estaduais conduzidos pelos dois principais candidatos tucanos, Serra e Aécio, e haverá disponibilidade para tentar alcançar a dianteira que a candidata do PT, Dilma Rousseff, ganhou na campanha do último mês.

Enfim, creem esses políticos que dá para aplacar a ansiedade geral de todos os que desejam antecipar uma definição da oposição.

O barulho que tem feito o DEM, aliado do PSDB na política nacional e em alguns Estados, sendo São Paulo o principal, não está causando maior preocupação ao PSDB, por enquanto. Tem-se no partido a convicção de que boa parte do movimento do presidente do Democratas tem origem numa questão interna mal resolvida entre Rodrigo Maia e o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab.

A pressão decorreria também da angústia em que se encontra o DEM do Rio de Janeiro onde Cesar Maia, ex-prefeito e pai de Rodrigo Maia, ficou com sua candidatura ao Senado no vácuo depois do lançamento da candidatura a presidente da senadora Marina Silva, que tirou tucanos e demistas do palanque carioca do deputado Fernando Gabeira.

Convencidos de que têm que administrar melhor a insatisfação do presidente do DEM e ao mesmo tempo preservar seus dois candidatos a presidente o máximo possível, tucanos começarão a negociar a convergência de interesses para uma definição de candidatura em janeiro.

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