segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Tasso admite disputar o governo do CE em 2010

Rodrigo Vizeu
Da Agência FOLHA DE S. PAULO

Senador tucano diz estar à disposição para "recuperar o espaço de poder no Estado"

Tasso, também cotado para concorrer à reeleição ao Senado, teria agora como rival o governador e irmão de Ciro, Cid Gomes (PSB)

Ao eleger nova direção no Ceará, o PSDB sinalizou ontem rompimento com o governador Cid Gomes (PSB) e abriu caminho para a candidatura do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) ao governo estadual.

"Estou à disposição para fazer o necessário e assim recuperar o espaço de poder no Estado", disse Tasso, que já governou o Estado três vezes.

A declaração veio após pressão da militância e do presidente eleito do PSDB cearense, Marco Penaforte, que defendeu o fim da "fase de ambiguidades" no partido e disse que a sigla é, agora, oposição. O PSDB integra o governo Cid Gomes.

Pesa a favor de uma eventual candidatura de Tasso ao governo a formação de um palanque estadual forte para o candidato do PSDB à Presidência da República. O presidente nacional do PPS, Roberto Freire, participou da convenção tucana.

"Um nome de grandes chances para o governo do Estado daria frutos positivos para um palanque nacional", avaliou o vice-presidente do PSDB-CE, deputado federal Raimundo Gomes de Matos.

Ciro Gomes

Caso confirme a candidatura a governador, Tasso -que também é cogitado como candidato à reeleição ao Senado- terá de equilibrar a disputa com o atual governador, que tentará o segundo mandato, e a relação de amizade que tem com os irmãos Cid e Ciro Gomes.

Em discurso, Tasso insistiu que dará apoio ao candidato do PSDB a presidente, apesar de "todas as ligações, carinho e amizade" que tem com Ciro, pré-candidato do PSB. Em 2002, Tasso se dividiu entre o apoio a Ciro e ao então candidato José Serra (PSDB).

Apesar de agora garantir a defesa da candidatura nacional tucana, Tasso criticou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, segundo o senador, está trabalhando para isolar Ciro da disputa para presidente, abrindo caminho para a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff.

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