quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Vice estressa o PMDB

Brasília-DF :: Luiz Carlos Azedo
DEU NO CORREIO BRAZILIENSE


O tema de fundo da reunião dos caciques do PMDB, terça-feira, no apartamento do líder do partido na Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (RN), foi a indicação do vice na chapa da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT). De um modo geral, eles avaliam que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem muita pressa em obter o apoio da legenda, mas nenhuma para definir o nome do vice de sua candidata. A maioria dos caciques apoia por inércia o nome do presidente da Câmara, deputado Michel Temer (SP). A pulga atrás da orelha é o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, que se filiou à sigla e pode ser uma espécie de anfíbio de Lula na montagem da chapa.

Temer tem o apoio maciço da bancada de deputados federais — exceto dos aliados dos governadores tucanos José Serra (SP) e Aécio Neves (MG), que ficaram de bico fechado na reunião —, mas não conta com o entusiasmo dos senadores. O presidente do Senado, José Sarney (AP), e o líder da bancada na Casa, Renan Calheiros (AL), mantêm uma disputa de influência com Temer e apoiariam de bom grado qualquer outro peemedebista da preferência do presidente Lula, como o ministro das Comunicações, Hélio Costa, que de quebra resolveria o problema da aliança em Minas Gerais.

Dissidência// A cúpula do PMDB quer reduzir as dissidências a, no máximo, cinco estados. São dados como perdidos acordos no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Bahia, Pernambuco e Mato Grosso do Sul. Paraná e Ceará têm problemas, mas deverão fechar com Dilma Rousseff (PT).

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