quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Brasília-DF :: Luiz Carlos Azedo

DEU NO CORREIO BRAZILIENSE

Medo dos velhinhos

O lobby dos aposentados pela derrubada do “fator previdenciário” e pelo reajuste das aposentadorias com base no salário mínimo é o assunto que mais preocupa a bancada governista. Muito mais do que a polêmica sobre a partilha do petróleo da camada pré-sal entre a União, estados produtores e estados não produtores. Há amplo entendimento na Câmara de que a aprovação das duas propostas pode quebrar a Previdência, como teme o governo, mas poucos querem colocar a cara na reta para “votar contra os velhinhos”.

Nove entre cada 10 caciques do PT acusam o senador Paulo Paim (PT-RS), autor dos dois projetos aprovados no Senado, de estar mais preocupado com a própria reeleição. “Esse Paim vive criando problemas para o governo, a proposta não tem cabimento”, reclama o deputado Devanir Ribeiro (PT-SP), ex-diretor do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e amigo do presidente Lula. O senador petista não se faz de rogado. Na tribuna do Senado, um dia sim outro também, discursa pressionando os colegas da Câmara a aprovar suas propostas. Não dá bola às críticas:
“Não tem uma cidade no Brasil, hoje, que não esteja debatendo a questão dos idosos, aposentados e pensionistas”, argumenta.

Heterodoxos
A oposição caminha para a total fragmentação no Rio de janeiro. O deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) só garante palanque para a candidata do PV à Presidência, senadora Marina Silva (AC). Deixou órfãos o DEM, o PSDB e o PPS. O prefeito de Caxias, o tucano José Camilo Zito, está firme com o governador Sérgio Cabral (PMDB). E, para complicar mais, o ex-prefeito Cesar Maia (DEM), candidato ao Senado, é pressionado para fazer uma “chapa camarão”, isto é, sem candidato a governador.

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