Desistência de Aécio à pré-candidatura à presidência aumenta a especulação de partidos aliados ao PSDB
Denise Madueño e Gustavo Uribe, da Agência Estado
BRASÍLIA - Deputados tucanos afirmaram nesta quinta-feira, 17, que a decisão do governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), de anunciar a desistência de sua pré-candidatura à presidência da República não deve alterar a posição do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), de apenas decidir se será candidato ao cargo em março do próximo ano. Arnaldo Madeira (SP) ressaltou que a decisão de Aécio fortalece o partido. "Ele deve mergulhar na política de Minas Gerais com a preocupação em eleger o próximo governador e aumentar a bancada federal", disse. O presidente do PSDB em São Paulo, deputado federal Mendes Thame, assegurou que não tem a menor dúvida de que Serra anunciará sua candidatura à sucessão no Palácio do Planalto apenas no ano que vem.
O parlamentar, que participa da Conferência do Clima, em Copenhague, ressaltou que o anúncio deve ser feito no primeiro trimestre de 2010. "Vai ser no ano que vem. Não tenho a menor dúvida", afirmou. "A probabilidade é de que seja no primeiro trimestre de 2010." Thame ressaltou que a desistência do governador de Minas Gerais, Aécio Neves, à da pré-candidatura à Presidência da República em 2010, anunciada na tarde de hoje, não deve pressionar Serra a assumir o posto de candidato do partido. O parlamentar afirmou que um anúncio neste momento seria "precipitado" e prejudicaria sua atuação à frente do Palácio dos Bandeirantes. "Na hora em que um governador anuncia que é candidato, a cobrança por fazer a pré-campanha fica insuportável. Prejudica o governo estadual e o Estado. Um workaholic como o Serra ficaria doente", brincou.
O deputado disse que o anúncio do nome tucano que concorrerá à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva não é uma decisão particular de Serra ou Aécio, mas da legenda como um todo. De acordo com ele, a desistência de Aécio da pré-candidatura e o lançamento do nome de Serra à disputa "são processos diferentes e dissociados". "O anúncio não implica que o PSDB será obrigado a anunciar o Serra como candidato. O momento do anúncio é outro", afirmou.
A desistência de Aécio à pré-candidatura à presidência aumenta a especulação e a expectativa de partidos aliados ao PSDB de uma eventual chapa puro-sangue formada por Serra e Aécio, na vice. Essa chapa reuniria os dois maiores colégios eleitorais do País e teria um cacife maior na disputa à sucessão de Lula. "Vice não é discussão para agora. Essa questão só se dará entre abril e junho do próximo ano", disse Madeira.
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