Da France Presse
SANTIAGO, 8 dez 2009 (AFP) - Três políticos chilenos com papel predominante nas eleições do próximo domingo - o independente Marco Enríquez, o governista Eduardo Frei e a presidente em exercício Michelle Bachelet - compartilham uma história trágica: seus pais foram assassinados pela ditadura de Augusto Pinochet.
O último caso foi concluído segunda-feira, quando a justiça determinou que o ex-presidente Eduardo Frei Montalva, pai do único aspirante do governismo chileno, Eduardo Frei Ruiz-Tagle, foi assassinado em 1982, envenenado lentamente por médicos que trabalhavam para a ditadura.
O pai da presidente Michelle Bachelet, impedida de aceder à reeleição mas com uma alta popularidade, morreu em março de 1974 na prisão, vítima das torturas aplicadas por agentes de Pinochet.
Alberto Bachelet, general da Força Aérea do Chile, foi detido depois do golpe de Estado ao que se opôs e acusado, em seguida,de traição à Pátria. A presidente Bachelet e sua mãe Angela Jeria, foram também detidas num centro ilegal e, depois, exiladas.
A ditadura de Pinochet (1973-1990) assassinou, também, Miguel Enríquez, médico e líder do Movimento de Esquerda Revolucionária (MIR), radical, e pai do candidato independente Marco Enríquez-Ominami.
Depois do golpe de Estado, Enríquez converteu-se num dos homens mais procurados pelo regime, que, finalmente, o abateu num confronto, em 5 de outubro de 1974 na capital chilena.
O filho Marco, de apenas cinco meses, foi exilado junto com a mãe.
A ditadura Pinochet deixou mais de 3.000 vítimas, entre mortos e desaparecidos, além de cerca de 28.000 torturados.
As eleições chilenas são lideradas pelo opositor Sebastián Piñera, seguido de Frei Ruiz-Tagle e Enríquez-Ominami.
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