sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Desempenho em SP traz alívio à oposição

DEU EM O ESTADO DE S. PAULO

Oposicionistas estão atrás nas pesquisas em 6 dos 8 maiores colégios

Marcelo de Moraes, BRASÍLIA


As pesquisas de intenção de voto mostram que a liderança do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), na corrida presidencial e a vantagem de Geraldo Alckmin (PSDB) na sucessão de São Paulo estão salvando a oposição de fechar o ano com um cenário eleitoral nebuloso. Segundo os levantamentos dos institutos de pesquisa, entre os maiores oito colégios eleitorais do País, os partidos de oposição aparecem em primeiro lugar apenas em São Paulo e estão em empate técnico com os governistas no Paraná.

Nos outros seis maiores Estados, porém, a oposição (PSDB, DEM e PPS) vê seus candidatos perderem ou nem sequer definiu o nome para disputar a eleição. É o caso de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Ceará.

A eventual vitória em São Paulo salva a pele da oposição, uma vez que o Estado reúne 29,4 milhões de eleitores, mais que o dobro do total de eleitores do segundo maior, que é Minas Gerais. Nessa disputa Alckmin tem uma diferença consistente sobre Ciro Gomes, do PSB.
Segundo o Datafolha, essa vantagem seria de 50% contra 14%.

O problema mais grave acontece no Rio. Levantamento feito pelo Datafolha, divulgado no dia 21, mostra o atual governador Sérgio Cabral Filho (PMDB) em primeiro, com 38%, seguido por Anthony Garotinho (PR), com 23%. Ambos apoiam a candidatura presidencial da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT).

O melhor resultado de um candidato ligado à oposição é o do deputado Fernando Gabeira (PV), que aparece em terceiro com 14%. No partido da senadora e pré-candidata Marina Silva (AC), Gabeira tem proximidade política com a campanha de Serra. Ainda assim, após a divulgação da pesquisa, insistiu que será candidato ao Senado.

No Rio Grande do Sul, a situação é semelhante. A disputa está se polarizando entre o ministro da Justiça, Tarso Genro (PT), e o prefeito de Porto Alegre, José Fogaça (PMDB), enquanto a candidatura da oposição é representada pela governadora Yeda Crusius (PSDB). Segundo o Datafolha, Tarso e Fogaça lideram com 30%.

Em Minas, o ministro das Comunicações, Hélio Costa (PMDB), é o primeiro, com 31%. Antônio Anastasia, vice-governador de Aécio Neves (PSDB), surge apenas em terceiro, com 10%, batido pelo petista Fernando Pimentel, que soma 19%.

A oposição ainda enfrenta problemas com pré-candidatos que já foram hegemônicos em seus Estados. Ex-governadores, os senadores Jarbas Vasconcellos (PMDB-PE) e Tasso Jereissati (PSDB-CE) ocupam apenas a segunda posição na pesquisa do Datafolha em Pernambuco e Ceará.
Na Bahia, o petista Jaques Wagner ocupa o primeiro lugar com 39%, contra 24% do democrata Paulo Souto. No Paraná, o prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB), aparece como a melhor opção da oposição - tem 40%, contra 38% do senador Osmar Dias, do PDT.

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