quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

José Serra lança o ''salariômetro''

DEU EM O ESTADO DE S. PAULO

Serviço tem salários de todo o País

Carolina Freitas

SÃO PAULO - O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), lançou ontem uma página na internet para que os trabalhadores possam consultar os salários pagos em todo o País. O "salariômetro" (www.salariometro.sp.gov.br) reúne em um banco de dados informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), do Ministério do Trabalho.

Serra classificou a ideia como um "ovo de Colombo" e lembrou que, mesmo com os dados federais existindo desde 1965, ninguém pensou em criar esse serviço.

"Não sei por que não fizeram antes. Nós fizemos", disse o secretário estadual do Trabalho, Guilherme Afif Domingos. "O Caged é muito mais rico do que emprego e desemprego. Estamos garimpando essa riqueza. O dado, só, não vale nada."

Questionado sobre a razão de estender para todo o País uma ferramenta criada e custeada pelo governo de São Paulo, Serra justificou: "Porque tem os dados, não custa nada."

O desenvolvimento do site custou R$ 200 mil e levou três meses. Segundo Afif, o custo de manutenção do serviço está incluso em contrato com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas para projetos da secretaria.

Serra espera que as informações ajudem a melhorar as condições de trabalho. "Com isso, a gente desenvolve o mercado de trabalho em São Paulo e no Brasil", disse o governador. "É um ganho que se dá aos trabalhadores, aos sindicatos e aos empresários."

Para o governador, com base nos dados contidos no site, os trabalhadores poderão reivindicar remunerações maiores ou mudar de cidade em busca de rendimentos mais altos.

O "salariômetro" permite a busca por ocupação, Estado, faixa etária, gênero, cor e escolaridade.
No Estado de São Paulo, as informações são detalhadas por município. Em uma demonstração, para o governador, de como funciona a ferramenta, Afif comparou o salário médio de um mergulhador profissional no Rio de Janeiro e em Santos, litoral paulista. Enquanto o fluminense recebe R$ 1.579, o paulista ganha R$ 949.

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