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sexta-feira, 5 de março de 2010
Fernanda Cunha e Johnny Alf
O adeus ao autor de Eu e a brisa
Precursor da bossa nova, o cantor, compositor e pianista Johnny Alf – nascido Alfredo José da Silva, em 19 de maio de 1929, em Vila Isabel – morreu ontem, aos 80 anos, no hospital Mario Covas, em Santo André, região metropolitana de São Paulo, onde estava internado desde segunda-feira.
Há três anos, o músico lutava contra um câncer de próstata e havia interrompido suas atividades profissionais no ano passado – seu último show foi em agosto, ao lado da amiga Alaíde Costa. Sem parentes, ele vivia internado numa clínica de repouso em Santo André.
A ligação com a música começou aos 9 anos, quando começou a ter aulas de piano clássico.
Atraído pela música de autores americanos como Cole Porter e George Gershwin, aos 13 formou seu primeiro conjunto. Em 1952, começou a se dividir entre a ocupação de cabo do exército e shows noturnos e logo gravou um disco de 78 rotações. O primeiro LP, Rapaz de bem, só seria gravado em 1961, embora já fosse uma referência para grandes nomes da bossa nova, como João Gilberto, Tom Jobim e Carlos Lyra. Em 1967, tornou-se nacionalmente conhecido, quando a música Eu e a brisa, que viria a ser seu maior sucesso, competiu no Festival da Record, defendida pela cantora Márcia.
Avesso às concessões comerciais, Alf cruzou durante toda a carreira as fronteiras entre o jazz, a bossa nova e a MPB, em discos como Ele é Johnny Alf (1971), Nós (1974) e Olhos negros (1990), além das mais de 40 gravações de outros artistas das quais participou. O cantor e compositor será velado hoje na Assembleia Legislativa de São Paulo.
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