terça-feira, 16 de março de 2010

Jarbas silencia sobre a candidatura Robalinho

DEU NO JORNAL DO COMMERCIO (PE)

Nome articulado pelas oposições para a disputa estadual, senador prefere não comentar a decisão do PPS de lançar o ex-secretário de Saúde ao Senado. Nos bastidores, teme-se mais divisão no bloco

Sheila Borges

O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) nome que as oposições trabalham para a disputa estadual com o governador Eduardo Campos (PSB) não quis se pronunciar, ontem, sobre a decisão de seu amigo pessoal, o médico Guilherme Robalinho, de lançar oficialmente a sua pré-candidatura ao Senado pelo PPS. Iniciativa que ameaça dividir ainda mais as oposições, que já têm as pré-candidaturas à reeleição dos atuais senadores Marco Maciel (DEM) e Sérgio Guerra (PSDB). Com Robalinho, um dos dois senadores será rifado pelo PPS, provavelmente Maciel.

O ideal é uma chapa fechada. Assim (com mais uma candidatura), cria dificuldade. É muito delicado, não resta dúvida, comentou O presidente regional do PMDB, Dorany Sampaio. Essa também é a percepção da maioria dos líderes oposicionistas que se posicionaram em reserva.
Eles, no entanto, reconhecem a legitimidade do PPS. Na eleição de 2002, a agremiação tomou a mesma atitude lançou Nelson Borges ao Senado. O partido, contudo, ganhou espaço no guia eleitoral dos majoritários e, com isso, divulgou a sigla. Quer repetir a experiência com Robalinho.
Assim, os pré-candidatos proporcionais podem ser favorecidos com o voto de legenda, principalmente o deputado federal Raul Jungmann, presidente regional da agremiação e que tentará se reeleger.

Mas o projeto das oposições é maior. Está direcionado nacionalmente para a eleição do governador José Serra (PSDB-SP) à Presidência da República. E, em nível local, voltado para a provável campanha de Jarbas, que ainda não confirmou sua pré-candidatura a governador. O peemedebista espera o anúncio oficial de Serra, o que só deve ocorrer no fim do prazo de desincompatibilização, no início de abril.

Esse é só mais um problema para as oposições. Nos últimos dias, o grupo tem enfrentado dificuldades para garantir a unidade de sua base de sustentação em Pernambuco. O poder do Palácio estimula o adesismo de prefeitos e líderes políticos do interior que estão declarando apoio à reeleição do governador Eduardo Campos (PSB). Ele conta ainda com a colaboração de um forte cabo eleitoral, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que tem registrado altos índices de popularidade.

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