quarta-feira, 31 de março de 2010

Reflexão do dia - Luiz Werneck Vianna

Nessa operação, o Estado traz a sociedade para dentro de si, convertendo-se num "parlamento" onde se tomam as decisões a serem legitimadas por um Poder Legislativo enredado, por meio das práticas do chamado presidencialismo de coalizão, ao Executivo. Tal estratégia, audaciosa em seus fins, é conservadora quanto a seus meios: ela não procura a mobilização dos seres subalternos, salvo quando sob seu estrito controle, e se limita a procurar soluções institucionais, conceitos e motivações ideais no baú dos ossos da tradição autoritária brasileira.


Luiz Werneck Vianna, no artigo, O fim da História ou um novo começo, ontem, em O Estado de S. Paulo

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