sábado, 29 de maio de 2010

Jarbas anuncia vice e faz promessas

DEU NO JORNAL DO COMMERCIO (PE)

Acompanhado de José Serra, senador lançou oficialmente sua pré-candidatura ao governo, confirmou Miriam Lacerda como vice e adiantou algumas promessas

Sheila Borges

Diante do presidenciável José Serra (PSDB), dos líderes da oposição e de centenas de militantes que participaram, ontem à tarde, do ato de lançamento de sua pré-candidatura a governador, o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) confirmou que a deputada estadual Miriam Lacerda (DEM) é a sua pré-candidata a vice e adiantou algumas promessas de campanha, sinalizando quais são as prioridades de seu futuro programa de governo. Caso seja eleito, pretende dar prosseguimento aos investimentos no Complexo Portuário de Suape e interiorizar, ainda mais, o desenvolvimento. Neste segundo ponto, citou que o Estado precisa melhorar a sua atuação nos polos da sulanca, no Agreste, da fruticultura, no Sertão do São Francisco e do gesso, no Araripe, assim como continuar as obras do Canal do Sertão e da estrada da Uva e do Vinho, também naquela região.

Para demonstrar que não estava recorrendo a um discurso falacioso, apesar de estar empolgado com a receptividade dos militantes, o pré-candidato fez questão de lembrar que não é de fazer promessas à toa. Tomou como exemplo a campanha eleitoral de 1998, quando se sagrou governador pela primeira vez, depois de derrotar, por mais de um milhão de votos – ressaltou este número –, o então governador Miguel Arraes, avô do atual governador Eduardo Campos, que faleceu em 2005. Naquela ocasião, colocou no guia eleitoral da televisão e do rádio que iria duplicar o trecho da BR-232 entre Recife e Caruaru. “Disseram que era obra federal, mas fui adiante”, falou. Ao final do primeiro mandato, frisou que tinha concluído a duplicação de 120 quilômetros da rodovia.

Nesse contexto, disse que assumia, agora, mais estes compromissos “na frente de Serra e de mais de cinco mil pessoas”, uma vez que o atual governo não estaria dando seguimento, por exemplo, aos projetos de irrigação do Sertão. “Precisamos retomar à irrigação. Não temos mais como exportar frutas (em Petrolina). Não se fez um palmo de irrigação. O projeto do Canal do Sertão precisa ser retomado”, argumentou. Para não ficar voltado só para o Sertão e o Agreste, lembrou também dos problemas enfrentados pelas usinas nas Matas Sul e Norte do Estado.

Solicitando a parceria de José Serra, frisou que a classe política deve se unir para ajudar o setor sucroalcooleiro que, no passado, chegou a empregar mais de 300 mil pessoas. Hoje, este número, de acordo com o peemedebista, está em torno dos 100 mil. “Temos que ajudar o operário, o trabalhador rural, o fornecedor de cana e os produtores”, falou.

Para animar a militância, utilizou um discurso forte e bem articulado, conclamando todos a se engajar. Primeiro, repetiu uma explicação que já tinha sido dada aos líderes políticos e à imprensa, quando, há 20 dias, externou sua decisão de disputar a eleição. “Por que estou aqui hoje depois de tanta reflexão? Aceitei (ser candidato) porque o povo de Pernambuco me pediu”. Depois, reconheceu que o momento não é fácil, mas que, sempre trabalha melhor quando é desafiado.

“Minha vida é marcada por desafios. Sempre tive mais determinação e garra quando as lutas eram desiguais, como esta agora. (...) Essa história é desigual agora. Vamos torná-la igual e vencer”, disse, referindo-se ao fato de o governador Eduardo Campos, contar com a máquina estadual e os apoios dos governos federal e do Recife. Terminou seu discurso, falando que, apesar do quadro eleitoral adverso, está tranquilo para “enfrentar” a luta. “Sei administrar a minha cabeça. Vamos voltar a governar Pernambuco”.

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