quinta-feira, 6 de maio de 2010

Serra faz afago a empresários

DEU NO ESTADO DE MINAS

Porto Alegre – O pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, disse ontem que será “o presidente da produção”, caso vença as eleições de outubro. “Do ponto de vista do Brasil, o que eu quero é o desenvolvimento sustentável”, pregou, durante palestra a um público empresarial. “Se eu for presidente da República, eu vou ser o presidente da produção”, prometeu, recebendo aplausos do público que ocupou mais de 300 lugares na Federação das Associações Comerciais e de Serviços do Rio Grande do Sul (Federasul).

Na palestra, Serra afirmou que o Brasil precisa recuperar a “ideia de planejamento” e defendeu um “plano nacional de desenvolvimento regional”. “Nós temos um Ministério da Integração que vai atuando no varejo”, afirmou. Para Serra, a política do ministério é mais voltada para macrorregiões menos desenvolvidas, o que considerou acertado, mas ela “também não tem uma diretriz clara”. Para as sub-regiões problemáticas, “não há nenhuma política”, segundo ele.

Serra falou também sobre o controle de custos, dizendo que tal prática “saiu de moda” no país. “Alguns Estados e municípios fazem, mas nacionalmente saiu de moda”. Como exemplo de corte de custos, citou que em seu governo em São Paulo foram cortados 30% a 40% dos cargos de livre nomeação e “ninguém notou”.

Em uma crítica ao governo, afirmou que, de alguns anos para cá, as agências reguladoras passaram a ser “loteadas politicamente”. Voltou a dizer que defende um “ativismo governamental”, com função reguladora em vez de interventora, e disse que não aceitou indicações políticas para cargos de direção e secretarias quando governou São Paulo. Para ele, há um fenômeno “grave na política brasileira” quando “se substitui a ética individual pela ética do partido”. Sem citar a pré-candidata do PT, Dilma Rousseff, Serra disse que o regime para a indústria automotiva adotado no governo Fernando Henrique Cardoso foi a principal medida de política industrial nos últimos 25 anos.

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