segunda-feira, 21 de junho de 2010

Ato democrático :: Graziela Melo



Dentro dos espaços históricos, irregularmente democráticos da América Latina, me tocou, ainda na tenra infância, o período do Estado Novo de Getúlio.

Depois o país deu uma respirada, mais ou menos aliviada até o famigerado golpe de 64. Aí, já em plena juventude passei a sentir o sabor amargo de uma ditadura. A seguir, foi o Chile democrático de Salvador Allende. Pura alegria.

Depois de sair dos becos escuros, dos buracos negros, clandestinos onde e como vivíamos, tentando driblar os lobisomes da repressão, chegar a um país repleto de passeatas, bandeiras de distintos partidos desfraldadas ao ar, livremente, acompanhados da música e da voz de Victor Jara, do Conjunto Quilapayum, era uma emoção indescritível.

Bem, foi uma emoção semelhante que senti no último sábado pela manhã, ao chegar ao local da Convenção quadripartidária (PSDB-PPS-DEM-PV) que homologou Gabeira ao governo do Estado, Marcio Fortes, vice, Marcelo Cerqueira e Cezar Maia, para o senado, no Clube Canto do Rio, em Niterói, superlotado de gente, aguardando seus candidatos e partidos.

Inúmeras bandeiras desfraldadas Esse foi um belo espetáculo democrático. As pessoas se misturavam pelo pátio, batendo papo, tomando cervejinha, contando piadas. Uma bela maré humana!

A democracia é boa, gostosa de ser e para ser vivida e faz um grande bem à saúde!

Viva a democracia!!! A melhor e mais sábia forma de convivência humana!!!

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