quinta-feira, 24 de junho de 2010

Jarbas e Guerra, enfim, conversam

DEU NO JORNAL DO COMMERCIO (PE)

Peemedebista conversou com o tucano por telefone e marcaram encontro, que deve acontecer até domingo, para tentar fechar o segundo nome ao Senado

Os senadores Jarbas Vasconcelos (PMDB) e Sérgio Guerra (PSDB) marcaram um encontro “no feriadão de São João” (leia-se até domingo), no Recife, para tentar fechar a chapa majoritária do peemedebista, que disputará a eleição contra o governador Eduardo Campos (PSB). O impasse sobre a chapa das oposições (PMDB/DEM/PSDB/PPS) ainda deve se esticar, pela falta de opções, como prevê o próprio Jarbas. “A gente tem até às 17h do dia 30 para decidir este nome. O candidato não tem que ser necessariamente do PSDB. O que tem que ser é competitivo. A dificuldade é essa, encontrar um nome competitivo”, disse o peemedebista, ontem, em Caruaru, onde foi assistir ao desfile das “Drilhas”, ao lado da pré-candidata a vice, Miriam Lacerda, do vereador Tony Gel (ambos do DEM) e do deputado Edson Vieira (PSDB).

Nesta reta final para a decisão, Jarbas comentou também que vai “envolver mais os partidos aliados”. Dentro da aliança, Guerra vem sendo criticado por “estar fora do processo” local. Os dois senadores, que vêm se estranhando, tiveram uma conversa prévia, ontem pela manhã, por telefone. De Brasília, Guerra ligou para Jarbas e eles se falaram por meia hora, mas a conversa não foi conclusiva. O tucano disse ter reiterado a Jarbas sua posição de deixá-lo “à vontade” para definir o nome ao Senado. “O que Jarbas decidir, vou apoiar. Se (o nome) tiver que ser do PSDB, ele é que vai escolher”.

Presidente nacional do PSDB e coordenador da campanha de José Serra à Presidência, Guerra disse “lamentar” sua falta de tempo nestas eleições. “Eu não posso cuidar das coisas daí (de Pernambuco), do palanque de Jarbas e nem da minha campanha (a deputado) como eu gostaria. Isso as pessoas daí (aliados pernambucanos) precisam entender de uma vez por todas!”, desabafou o tucano, ontem, de Brasília. “Para você ter uma ideia, eu viajo toda hora o Brasil, atendo por dia umas trinta ligações, recebo mais de 20 pessoas. Essa parte da política que eu estou cuidando é só chateação. Fico ouvindo confusão e tentando resolver”, completou. O peemedebista, por sua vez, comentou ontem que “não tem procurado muito” o tucano por entender que ele está “mais envolvido com as questões nacionais”.

Jarbas e Guerra não quiseram falar de nomes para a vaga ao Senado. Com a “oficialização” do “não” do deputado Roberto Magalhães (DEM), na terça, a oposição voltou à estaca zero, embora essa decisão já fosse aguardada. Se a convenção ocorresse hoje, as especulações dão conta de que o médico e ex-secretário de Saúde no governo Jarbas, Guilherme Robalinho (PPS), seria o escolhido. “É o único que tem chances, desses que estão sendo especulados. Ele nunca disputou eleição, mas tem envergadura”, disse uma fonte, em reserva. Há ainda, porém, esperança de que o deputado Raul Jungmann (PPS) ceda e troque a tentativa de reeleição pela disputa ao Senado. Os outros nomes especulados são o da vereadora Aline Mariano e do cientista político André Régis (ambos do PSDB). O ex-presidente da OAB, Jayme Asfora (PMDB), também voltou a ser cotado.

CHUVAS

Jarbas elogiou, ontem, a vinda do presidente Lula (PT) a Pernambuco, para sobrevoar as áreas atingidas pela chuva. Indagado se os governos foram “inoperantes” no enfrentamento ao problema, respondeu que não. “Existe uma burocracia. Essas verbas de emergência só devem chegar daqui a um ano. Eu já passei por isso (como governador)”, disse.

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