sexta-feira, 4 de junho de 2010

Pré-candidato ao Planalto, Requião prega resistência

DEU NA FOLHA DE S. PAULO

CURITIBA - Um dia após ter a pré-candidatura à Presidência registrada pelo senador Pedro Simon (RS) para a convenção do PMDB, o ex-governador Roberto Requião (PR) disse que vai entrar na disputa para o partido deixar de "ser manobrado" pela ala governista.

"Vamos dar uma tomada direta de oxigênio para o MDB velho de guerra. [A pré-candidatura] é uma oportunidade para o partido voltar a respirar", declarou Requião, em entrevista à Folha.

O ex-governador afirmou que "numa convenção, a candidatura própria ganharia em qualquer circunstância".

"A não ser que ela fosse ditada da forma absoluta como está sendo ditada. O PMDB está sendo manobrado."

Requião também admite disputar uma das duas vagas ao Senado pelo Paraná."Está lá no estatuto do PMDB que nós somos o partido das classes populares, e não dos bancos", disse.

A declaração foi feita para alfinetar a filiação do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, um dos responsáveis pela elaboração do programa de governo do PMDB nas eleições de 2010. "Alguém já viu esse programa? Eu não", disse Requião.

Ele afirmou que Simon pediu que sua pré-candidatura, lançada em 2009, fosse mantida. O ex-governador disse que o governo Lula "tem uma grande política social", mas criticou a área econômica.

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