sexta-feira, 2 de julho de 2010

Eleição polarizada no Rio

DEU EM O GLOBO

Rafael Galdo
A desistência de Anthony Garotinho (PR) de concorrer ao governo do Rio pode fazer com que as eleições no estado se decidam no primeiro turno, segundo especialistas. Para eles, sem o ex-governador no páreo, o quadro eleitoral fluminense, com seis concorrentes, acaba polarizado entre o governador Sérgio Cabral (PMDB), que tenta a reeleição, e o deputado federal Fernando Gabeira (PV), com vantagem inicial para o peemedebista.

É o que diz o cientista político Jairo Nicolau, professor visitante da Uerj, que considera o pleito atual um dos mais polarizados da História do Rio. Ele lembra que houve disputas com características parecidas, como em 1998, com Garotinho, então no PDT, e o ex-prefeito do Rio Cesar Maia, pelo PFL (atual DEM). Mas na época, frisa, havia candidatos com votações medianas, que forçaram um segundo turno. O que ele não acredita que ocorrerá agora, com Fernando Peregrino (PR), Jefferson Moura (PSOL), Cyro Garcia (PSTU) e Eduardo Serra (PCB) completando o quadro.

Nesse panorama, Nicolau crê que Cabral saia na frente, por ter mais penetração entre o eleitorado de Garotinho no interior e na Baixada, das classes populares.

Opinião semelhante tem o cientista político Ricardo Ismael, da PUC-Rio. Para ele, o embate entre Cabral e Gabeira repete o segundo turno da campanha municipal de 2008, em que o verde disputou com Eduardo Paes (PMDB), que tinha uma base parecida com a de Cabral. Agora, em função do apoio dos prefeitos a Cabral e da máquina do governo com o peemedebista, ele acredita que a missão de Gabeira será difícil.

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