sábado, 14 de agosto de 2010

Serra defende ocupação policial de áreas

DEU EM O GLOBO

Tucano também diz que pretende controlar fronteiras, investir em tecnologia e perícia e nos salários de policiais

Biaggio Talento*

SALVADOR. Ao anunciar seus sete pontos de governo para segurança pública, o candidato do PSDB à Presidência, José Serra, disse ontem em Salvador que um dos itens mais importantes será a prevenção do crime com ocupação de áreas com histórico de violência, nos moldes das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) que vêm sendo implantadas no Rio, em parceria com governos estadual e federal. Dentro desse item, ele prevê cursos para estudantes em escolas públicas e privadas sobre os malefícios das drogas e bebidas.

O Rio está fazendo uma experiência, nós fizemos em São Paulo, que é a de a polícia entrar nas regiões mais perigosas e permanecer quando necessário disse. Depois de uma ação de arrastão, (a polícia fica) desenvolvendo atividades e canalizando ações em educação, saúde, cultura e esporte, no sentido de dar outra vitalidade à comunidade, além, evidentemente, da prevenção ao crime que a presença da polícia representa.

Os outros pontos de segurança pública anunciados por Serra são: fazer funcionar um arquivo criminal de todos os estados, além de controle rígido de fronteira para evitar contrabando; investir pesado em tecnologia, polícia científica e câmeras nas ruas; remuneração mínima nacional e treinamento intensivo; apoiar vítimas de crimes; aumentar número de presídios federais, com reforma do Código de Execuções Penais; e criar o Ministério da Segurança para implantar todas as ações citadas.

Em seu discurso, Serra citou a situação do crescimento dos assassinatos no Nordeste, notadamente na Bahia, Sergipe e Alagoas.

Particularizou o caso da Bahia, onde o índice aumentou de 24,8 por grupo de 100 mil em 2007 para os atuais 33.

Serra circulou pelo Pelourinho com 200 cabos eleitorais de candidatos de PSDB e DEM. Ciceroneado pelo candidato ao governo da Bahia pelo DEM, Paulo Souto, arriscou um toque de timbau entre percussionistas.

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