domingo, 31 de outubro de 2010

Serra vai a reduto petista para encerrar a campanha

DEU EM O ESTADO DE S. PAULO

Roberto Almeida

O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, encerrou sua campanha ontem em Suzano, na Grande São Paulo, com uma rápida caminhada pelo centro comercial da cidade. Na última entrevista coletiva antes da votação, Serra disse que não falaria sobre "tititi" na véspera das eleições e afirmou que vai corresponder à confiança do eleitor. "Não vou decepcionar ninguém que votar em mim. Nunca na minha vida pública eu decepcionei em nenhum cargo que assumi."

Serra descartou uma "virada" porque, segundo ele, a eleição "não é um campeonato". "É uma partida que se joga amanhã", afirmou. E voltou a pregar a alternância de poder para amealhar votos de última hora. "É uma boa hora para haver troca de equipe, para haver alternância de poder. Você tem aí uma equipe cansada, consumida pelos vícios, pelo tempo prolongado", disse. "Entrar uma equipe nova, com pilha nova, ideias novas e sabendo como enfrentar os problemas. Tendo experiência para isso. Tendo uma vida limpa como é o meu caso e o de muitos que me acompanham."

Com relação ao debate de sexta-feira na TV Globo, formatado a partir de perguntas de eleitores indecisos, o presidenciável disse que "o Brasil não é um País pronto, como a propaganda adversária faz crer". "O debate mostrou que a população, mesmo os indecisos, reconhece que há problemas graves na saúde, segurança, educação, habitação, saneamento", disse. "O Brasil ainda tem muito para avançar, pode muito mais", observou, insistindo no slogan de sua campanha.

Perguntado por que encerrar a campanha em Suzano, cidade administrada pelo PT, o tucano afirmou que "em algum lugar a eleição precisa acabar". Durante a caminhada, acompanhado do governador eleito Geraldo Alckmin (PSDB), Serra recebeu dois vasos de flores e uma bola de pelúcia do Palmeiras, seu time do coração. E negou que estivesse cansado, apesar de, durante a coletiva, ter pedido desculpas duas vezes, em duas pausas, para retomar a linha de raciocínio.

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