domingo, 28 de novembro de 2010

PPS divulga resolução política: oposição não foi desmontada

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Por: Valéria de Oliveira

O Diretório Nacional do PPS divulgou resolução política neste sábado, em que analisa as eleições de 2010. O documento afirma que, embora tenha sido derrotada nas eleições presidenciais, “a oposição não foi desmontada; muito menos extirpada”. O texto admite que o uso do marketing criou “desvios do projeto político”, o que muitas vezes levou os candidatos a deixar de lado “questões de fundo que estavam em jogo, em troca de uma promessa de melhor gestão para os destinos do país”.

O documento foi elaborado durante reunião do diretório em Brasília neste fim de semana e aborda, também, a importância da internet e das novas mídias na reestruturação partidária que o PPS pretende empreender.

Leia a íntegra da resolução abaixo.

As Eleições de 2010 e o PPS


"Apenas se nos pede o voto para homologar uma quantidade de coisas, em cuja definição não somos levados em conta. Apenas nos pedem o voto, não nos pedem que participemos. E a cada quatro anos vamos votar muito contentes, acreditando que estamos a fazer algo importante, mas o importante ocorreu nesses quatro anos. Com isto não estou a condenar os políticos, pois a política é algo vital e temos que exercê-la todos."

(Algo Vital José Saramago em seu Blog “Cadernos”)

O processo eleitoral de 2010 foi um momento importante na consolidação da Democracia em nosso país, apesar de atitudes prepotentes e arrogantes do Presidente Lula, quando desrespeitou a Lei Eleitoral por diversas vezes, inclusive usando o cargo da Presidência para fazer campanha por sua candidata.

Num eleitorado de mais de cento e trinta milhões de votantes compareceram às urnas pouco mais de cem milhões de eleitores, em dois turnos, onde as forças de oposição obtiveram mais de quarenta e três milhões de votos, (43,95%) contra cerca de cinqüenta e cinco milhões, (56,05%) da Candidatura governamental.

O projeto político do Governo de manter o poder central a todo preço encontrou forte resistência em todo o país, sendo que no primeiro turno as oposições fizeram governadores em dez unidades da Federação, entre essas, São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Pará, estados de peso fundamental na economia do país e com sociedade civil fortemente estruturada.

O Governo usou toda a sua máquina e intensa propaganda baseada nas políticas sociais do Programa Bolsa Família para impedir a vitória das forças oposicionistas. A derrota eleitoral não configurou uma derrota política das oposições. Apesar da intenção do Governo em despolitizar a Campanha através do uso de Marketing político e uso distorcido das pesquisas eleitorais para desmobilizar as forças oposicionistas, a nossa Política para um Brasil que pode mais teve seus sucessos. Assim o PPS continuará empenhado em defender a nossa Política de oposição ao Governo, convocando as demais forças oposicionistas a apresentarmos alternativas para um efetivo projeto de desenvolvimento sustentável para o Brasil, que propicie efetiva cidadania para todos os brasileiros e brasileiras.

A oposição não foi desmontada, Muito menos extirpada. O uso do Marketing político em nossa Campanha também nos criou alguns desvios do projeto político, onde muitas vezes deixamos de lado as questões de fundo que estavam em jogo, em troca de uma promessa de melhor gestão para os destinos do país.

Brasília, 27 de novembro de 2010.

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