quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Em Roma, exposição conta história do PCI

Tilda Linhares

Veja aqui o video preparado por L'Unità

A Fundação Instituto Gramsci e a Fundação Cespe (Centro Studi di Politica economica) realizam, em Roma, até o dia 6 de fevereiro, a mostra Avanti Popolo – Il PCI nella storia dell'Italia 1921-1991. A mostra tem por objeto aquele que foi o mais importante partido comunista do mundo ocidental — até sua transformação, por voto majoritário, no rastro da queda do Muro de Berlim e do esgotamento do comunismo histórico, em Partido democratico della sinistra (PDS), hoje Partido Democrático.

O PCI foi fundado no Congresso de Livorno, entre 15 e 21 de janeiro de 1921, e concluiu sua trajetória em 4 de fevereiro de 1991, com o nascimento do PDS em Rimini. A mostra examina os pontos críticos de uma trajetória ao longo da qual, pela ação do velho “partidão vermelho” (e, no outro lado do espectro político, também da Democracia Cristã), lançaram-se as bases da Itália moderna, após o grande desastre nacional do fascismo.

Entre os objetos e documentos expostos, ressaltam os originais dos Cadernos do cárcere e o manuscrito gramsciano sobre A questão meridional, de 1926.

“Escola de massa das classes subalternas”, o PCI não esteve isento de contradições, como aquela que marcou a vida de todos os partidos nascidos no quadro da III Internacional: a realidade da inserção nacional e a da lealdade com a antiga URSS, especialmente até 1956. No entanto, entre os partidos comunistas foi o que melhor compreendeu o terreno democrático como fundamento da política moderna.

Gramsci e o Brasil está profundamente ligado à experiência do PCI e à sua vocação democrática e pluralista, que continuam a ser pontos de referência para o nosso modo de ver e pensar a realidade brasileira, distante de qualquer fanatismo político ou teórico.

Entre 14 de janeiro e 6 de fevereiro, na Casa dell'Architettura, piazza Manfredo Fanti 43 – Roma.

FONTE: GRAMSCI E O BRASIL

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