quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

O famoso quem?:: Eliane Cantanhêde

Um fantasma ronda o Congresso: a vitória do baixo clero e a eleição de um novo Severino Cavalcanti para a presidência da Câmara em fevereiro, derrotando o PT e o recém-empossado governo Dilma Rousseff. Mas eles -o PT e o governo- estão escaldados.

Há basicamente três deputados na disputa: Marco Maia (PT) é franco favorito, Sandro Mabel (PR) é candidato a Severino, Aldo Rabelo (PCdoB) fica na espreita, torcendo para os outros se anularem e ele surgir como "tertius".

O governo finge que não se mete, mas mergulhou na campanha do petista Marco Maia. O chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, trabalha freneticamente, o vice-presidente Michel Temer segura a insubordinação no PMDB, e os ministros, petistas e não petistas, "operam" (em linguajar brasiliense) pró Maia junto a seus partidários.

Sandro Mabel pode não saber, mas está virtualmente fora da disputa depois que o seu partido, o PR, fez jantar para alardear o apoio a Marco Maia, com direito a Tiririca e tudo. Se não tem nem o seu partido e o Tiririca, quem Mabel teria?

O PDT da Câmara e o ministro Luppi (Trabalho) também já garantiram seus votos para Maia, que vai fechando um leque expressivo de apoios: PT, PMDB, PR, PDT, capazes de arrastar o resto da sólida maioria governista na Casa e de isolar a oposição. Se é que não vai ter votinhos daqui e dali no PSDB, no DEM, no PPS...

Nunca se sabe.

Até chegar aí, o gaúcho Maia bateu o líder Cândido Vaccarezza (SP) na votação interna do PT. E Vaccarezza tem mais densidade, proximidade do Planalto e interlocução -inclusive com a oposição.

Maia repete assim a eleição de 2003, quando o então inexpressivo João Paulo Cunha (PT-SP) foi eleito presidente da Câmara no segundo mês de Lula. Ele deverá ser para Dilma o que João Paulo foi para Lula. Mas, por favor, sem transformar a Câmara numa bagunça nem reviver o "mensalão".

FONTE: FOLHA DE S. PAULO

2 comentários:

  1. A autora do texto é viciada politicamente por isso externa suas incansáveis críticas feitas em forma de "afirmações gratuitas" (recurso usado por quem não tem argumentos ou provas do que diz. Vacarenza deve ter te pagado pra vc mamar nas bolas dele e criticar os petistas irrelevantemente desse jeito!

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  2. Este artigo representa quem está por dentro das questões políticas. As disputas internas e os pequenos interesses sobrepuseram aos interesses mais nobres da nação. Isto está fora de sintonia com a Vitória da Dilma.

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