quinta-feira, 17 de março de 2011

Quebra-quebra na usina de Jirau

Operários de uma das maiores obras do PAC se revoltam

Cássia Almeida

PORTO VELHO. Dezenas de ônibus incendiados. Toda a área de lazer, uma lavanderia e três caixas eletrônicos destruídos. Mais de 20 detidos e uma multidão de trabalhadores com malas nas costas, abandonando seus empregos. Esse foi o cenário visto ontem no canteiro de obras de uma das maiores construções em andamento no país, a usina hidrelétrica de Jirau, no Rio Madeira, em Porto Velho.

- Nunca tive tanto medo na minha vida. Como faço para sair desse inferno? - perguntava um dos 20 mil operários contratados para tocar uma das principais obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

De acordo com trabalhadores, a destruição começou no tarde de anteontem, depois que um operário foi agredido pelo motorista de um dos 400 ônibus usados para transporte de pessoal na área da usina. Operários reclamam da truculência de seguranças e motoristas e da falta de uma ouvidoria e de meios de transporte para Porto Velho nos fins de semana.

Em comunicado, a Camargo Corrêa e o Consórcio Energia Sustentável do Brasil disseram que 45 carros e ônibus foram destruídos e que houve um "ato de vandalismo isolado, sem qualquer relação com as empresas".

FONTE: O GLOBO

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