quinta-feira, 28 de abril de 2011

Delúbio já participa hoje de uma reunião do PT


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Dutra se reúne com Dilma no Alvorada disposto a anunciar que vai renunciar à presidência do partido

Gerson Camarotti e Maria Lima

BRASÍLIA. Cinco anos e seis meses após ter sido banido do partido pela operação do mensalão, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares volta hoje ao convívio dos antigos companheiros. Os 84 membros do Diretório Nacional do PT estão prontos para aprovar seu pedido de refiliação, mas, antes, ele vai tratar pessoalmente de sua situação numa reunião reservada da corrente Construindo um Novo Brasil (CNB). Será decidida junto com os companheiros da CNB, corrente majoritária do PT, a conveniência de aprovar sua volta já neste fim de semana, junto com a delicada renúncia do presidente da sigla, José Eduardo Dutra.

Na época do mensalão, o Diretório Nacional aprovou relatório do conselho de ética que indicava a exclusão de Delúbio do partido por 37 votos a favor, 16 contra e três abstenções. A previsão é que sua volta seja aprovada por pelo menos 59 votos.

- Há alguma resistência da corrente Mensagem. Nesses quase seis anos, Delúbio não sofreu qualquer condenação. Eu achava melhor que sua volta acontecesse após o julgamento do processo. Mas a maioria do Diretório concorda com sua volta já - informou o líder do PT no Senado, Humberto Costa.

- O Delúbio segurou tudo calado. Eu não fui beneficiada (com repasses do mensalão), mas eu voto a favor de sua volta - argumentou a senadora Marta Suplicy (PT-SP).

A reunião do grupo majoritário com Delúbio acontecerá no mesmo dia em que a Executiva Nacional do PT decidirá a pauta do Diretório Nacional, de amanhã e sábado.

Na reunião do Diretório, Dutra deverá apresentar um quadro detalhado de seu estado de saúde e do tratamento que vem realizando para justificar a renúncia ao cargo. Ele se reuniu ontem à noite com a presidente Dilma Rousseff no Alvorada, para comunicar primeiro a ela a decisão de renunciar.

O Planalto quer uma solução rápida para a substituição do comando do partido. Dilma e o ex-presidente Lula já avisaram à cúpula petista que a sucessão tem que ser imediata, sem espaço para disputa interna.

Humberto Costa já recebeu o aval de Lula para assumir o comando do partido. Mas essa eleição só ocorrerá se houver um consenso entre os dirigentes do partido. Se as divergências internas continuarem, o mais provável é que seja marcada nova reunião do diretório em 30 dias.

FONTE: O GLOBO

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