quinta-feira, 21 de abril de 2011

Em crise, DEM entra em guerra interna

Ronaldo Caiado acusa Jorge Bornhausen de articular destruição do partido

Maria Lima

BRASÍLIA. A notícia que o governador Raimundo Colombo, de Santa Catarina, deverá ir para o PSD do prefeito paulista Gilberto Kassab realimentou a disputa interna no DEM. Ex-líder do partido na Câmara, o deputado Ronaldo Caiado (GO) acusou o ex-presidente da legenda Jorge Bornhausen de manter articulações para destruir a sigla e construir o PSD para ser a ponte com o governo do PT. Bornhausen não respondeu ao colega.

Logo cedo Bornhausen foi bombardeado no Twitter por Caiado, que o acusou de sempre "se acomodar à sombra do poder" e agora trabalha para entrar no governo da presidente Dilma Rousseff. "Fracassaram, tentaram covardemente jogar a culpa em outros e saíram....Nós somos o partido da resistência democrática! Que os coveiros fracassados sigam o caminho adesista e de traição. As urnas darão a resposta", disse no Twitter.

Irritado com declarações do tesoureiro Saulo Queiroz - que anunciou sua saída do DEM rumo ao PSD -, Caiado culpa o tesoureiro e Bornhausen pela desastrosa mudança do nome do PFL para Democratas. Ele defenderá novo batismo: de DEM para Partido da Resistência Democrática, sobreviventes dos ataques do ex-presidente Lula, que declarou o desejo de ver o partido extinto e extirpado da politica. Para Caiado, a saída de Saulo não terá impacto, pois ele hoje é um politico sem votos e expressão. Saulo iria para a secretaria geral do PSD.

- O Saulo é um cão fila do Jorge (Bornhausen), está cumprindo ordens dele. Na posição de aposentado, de eminência parda, está agindo nos bastidores para minar o partido. Mas mesmo com 96 deputados (o novo tamanho da oposição), representamos 44 milhões de brasileiros que rejeitaram o fisiologismo e não vão aceitar ir na onda desses adesistas por interesses - afirmou Caiado.

Procurado, Jorge Bornhausen não quis responder a Caiado. Ele tem afirmado que está aposentado do partido. Seu filho, o secretário de Desenvolvimento Sustentável de Santa Catarina, Paulo Bornhausen, também não comentou as declarações.

- Não vou responder ao Caiado. Na vida a gente aprende a brigar para cima.

FONTE: O GLOBO

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