quinta-feira, 14 de abril de 2011

Reforma política: pessimismo entre senadores

Tucanos e petistas vão tentar ressuscitar propostas derrotadas

BRASÍLIA. Cientes das dificuldades para a aprovação de uma reforma política mais completa, senadores tucanos e petistas, como Aécio Neves (PSDB-MG) e Humberto Costa (PT-PE), articulam-se para ressuscitar e tentar aprovar, de forma paralela, propostas derrotadas na Comissão de Reforma Política. O tucano citou como exemplo de tema que deve ser retomado nas próximas discussões a proposta de instituir o sistema distrital misto para deputado - a comissão aprovou o voto em lista fechada, na qual o eleitor vota nos partidos e não mais nos candidatos.

Ontem a comissão entregou formalmente ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), a lista de propostas aprovadas nas reuniões. Sarney deu prazo até 20 de maio para que elas sejam transformadas em projetos de lei ou propostas de emenda constitucional, mas o clima entre os senadores é de pessimismo.

O presidente do Senado vai propor aos líderes partidários que alguns dos textos sigam diretamente para votação no plenário, sem a necessidade de tramitação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

- Todo projeto sobre esse tema vai para o que parece ser um departamento de hibernação. A reforma política vai andar, não vai parar, pela determinação do Senado - disse Sarney.

Entre os senadores, o certo por enquanto é que sejam aprovadas propostas periféricas: mudança da data de posse de presidente da República, governadores e prefeitos; redução de dois para um no número de vagas de suplentes dos senadores; e o fim das coligações em eleições proporcionais. O presidente da comissão, senador Francisco Dornelles (PP-RJ), alertou:

- Não existe um único senador que esteja de acordo com todas as propostas aprovadas. Talvez exista senador que não esteja de acordo com nenhuma delas. Mas elas foram acolhidas pela maioria. O importante é jogar o fato para discussão.

FONTE O GLOBO

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