terça-feira, 7 de junho de 2011

Bombeiros: Salário 5 vezes maior no Distrito Federal

Bombeiros na ALERJ
Estado desautoriza secretário que endureceu discurso. Cariocas civis aderem ao movimento e doam até dinheiro

Rio - Com salário inicial de R$ 4,6 mil — pode chegar a R$ 4,8 mil —, bombeiros do Distrito Federal ganham quase 5 vezes mais que os do Rio. E nos estados de São Paulo e Minas Gerais, o valor pago a quem ingressa na carreira — R$ 2,17 mil e R$ 2,01 mil, respectivamente — é o dobro do que recebe o bombeiro fluminense.

A manifestação da categoria reivindica aumento do soldo para R$ 2 mil — hoje é pouco mais de R$ 1 mil bruto e R$ 950 líquidos. Mesmo com o aumento, o salário dos militares, ao fim do governo, será inferior ao praticado em Sergipe, que é de R$ 3 mil.

Governo admite negociar com os bombeiros

O governo voltou atrás e já admite negociar com os bombeiros. Em nota oficial, o estado desautorizou o secretário estadual da Casa Civil, Régis Fichtner, que dissera que o canal de negociação fora fechado “por causa da invasão” no Quartel-Central, sexta-feira. “O governo sempre esteve aberto ao diálogo”, afirmou o comunicado. Ontem, o movimento conquistou a adesão dos cariocas, que penduraram faixas em janelas e nos carros e até doaram dinheiro aos militares acampados na porta da Alerj.

“Existe um canal de comunicação aberto. Já mandei recado para as lideranças do movimento: quero recebê-los”, disse o novo comandante da corporação, coronel Sérgio Simões.

Já a liberdade dos 439 bombeiros está nas mãos da Auditoria de Justiça Militar. Ontem, o subcorregedor da PM, coronel Ronaldo Menezes, entregou a comunicação de prisão em flagrante à juíza Ana Paula Monte Figueiredo Pena Barros, que a encaminhou ao Ministério Público. O governo do estado divulgou que o promotor Leonardo Souza, da Auditoria Militar, já teria dito que não há irregularidade nas prisões e que os militares cometeram crime ao invadir o QG. A Associação de Cabos e Soldados deve entrar com pedido de habeas corpus hoje.

Ontem, membros da Comissão de Direitos Humanos da OAB vistoriaram os locais do Rio e Niterói onde os militares estão presos. A presidente da comissão, Margarida Pressburger, disse que não foram encontradas irregularidades, mas ela ouviu queixas sobre a violência de PMs na retomada do QG, sábado.

FONTE: O DIA

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