domingo, 19 de junho de 2011

Lula volta a criticar a mídia em evento do PT no interior de SP

SUMARÉ - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar a mídia neste sábado durante evento político no interior de São Paulo. Em discurso a militantes do seu partido no Encontro das Macro Regiões Estaduais do PT de São Paulo, em Sumaré, Lula disse que, pelo teor do noticiário dos grandes veículos de comunicação, jamais teria deixado a presidência com 87% de aprovação popular.

- Se dependesse da primeira página dos jornais, eu só iria perder pontos no Ibope - afirmou.

O ex-presidente falou da estratégia de seu governo de privilegiar os pequenos veículos de comunicação do interior do país, as chamadas mídias regionais, para se comunicar com o eleitorado.

- Consegui criar outra forma de conversar com as pessoas que não fosse através dos grandes meios de comunicação, passando a falar nas rádios e jornaizinhos locais. Essa gente (do interior) não lê os grandes jornais, o que vale é a imprensa local, a rádio local - ensinou.

" Se dependesse da primeira página dos jornais, eu só iria perder pontos no Ibope "

O petista lembrou que essa bem sucedida mudança na comunicação oficial envolveu também a redistribuição das verbas publicitárias do governo. Segundo Lula, essas verbas eram destinadas a cerca de 378 veículos no início de sua gestão. E no ano passado eram oito mil veículos (entre rádios, jornais, revistas e TVs) que repartiam essa verba.

Falando aos militantes logo depois de Lula, que deixou o evento após discursar, o ex-ministro e deputado cassado José Dirceu disse que hoje a mídia "faz o papel da oposição" no país, organizando a agenda e pautando as ações da oposição.

- O partido precisa responder aos ataques que já está sofrendo e vai sofrer. Se tem problema de corrupção, que se investigue - disse.

Segundo Dirceu, o partido não deve permitir o "uso político" dessas denúncias.

- Se hoje temos o Ministério Público e a Polícia Federal investigando, isso foi por conta do nosso governo. Por isso, não vamos permitir que se faça uso político desse tipo de denúncia.

FONTE: O GLOBO

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