sábado, 20 de agosto de 2011

Jarbas prevê duelo entre Lula e Dilma

CRISE

Senador diz que, diferente, Dilma não “alisa” corruptos

Monaliza Brito

O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) arriscou uma previsão no tocante à política nacional: um conflito entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidenta Dilma Roussef, ambos do PT. “Esse conflito vai surgir. Não vai ser agora em 2011, 2012, mas vai surgir”, afirmou. “Lula é candidato e ela (Dilma) é candidatíssima, quer criar um estilo próprio”, completou, explicando que, embora o ex-presidente negue, seu comportamento, ao percorrer o País participando de diversas ações e concedendo palestras, é o comportamento de alguém que quer concorrer a um mandato nacional. A declaração foi feita ontem, durante a reunião em comemoração ao aniversário de Jarbas em seu escritório político. O encontro agregou personalidades do meio político como Mendonça Filho (DEM), Daniel coelho (PV), Maviael Cavalcanti (DEM), Gustavo Negromonte (PMDB), Gustavo Krause (DEM), Priscila Krause (DEM), Aline Mariano (PSDB), Raul Henry (PMDB), André Ferreira (PMDB), Teresinha Nunes (PSDB), Dorany Sampaio (PMDB) e Roberto Magalhães (DEM).

O senador também reiterou seu total apoio à “faxina” contra a corrupção no governo gederal. “É uma anomalia um governo que nem completou oito meses já ter sido obrigado a mudar quatro ministros”, disse Jarbas. “Mas a presidente mostrou a disposição de não conviver com a corrupção. E é melhor combater a corrupção do que alisar corruptos como Lula alisava”, disparou. Jarbas Vasconcelos não poupou críticas ao ex-presidente. “Lula fazia o que queria, estava acima de tudo, acima dos formadores de opinião pública, acima de vocês da imprensa”, disse.

Ele defendeu que as ações de “limpeza” devem atingir outras áreas e que isso não irá prejudicar a governabilidade, apesar das ameaças de partidos como o PR, que já anunciou sua saída da base aliada. “Essa história do PR é conversa para boi dormir. Conversa para vocês da imprensa, para sair a notícia. O PR vai continuar nos cargos e vai continuar votando com o governo”, arriscou. Ele também afirmou que a instalação de uma CPI não irá surtir o efeito esperado. “Qualquer CPI eu assino, mas não vai funcionar. A CPI é um instrumento poderoso, mas não funciona, não por conta da oposição e sim por conta do governo que não quer ver funcionar”, opinou Jarbas.

A oposição também levou uma alfinetada. “Combater a corrupção deveria ser tarefa nossa, mas está sendo tarefa da imprensa”, desabafou o senador, reclamando da falta de encontros e de desorganização. “Quando a oposição se reuniu na gestão passada derrubamos a CPMF”, afirmou, enfatizando a importância de ter uma oposição unida e forte.

FONTE: JORNAL DO COMMERCIO (PE)

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