quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Greve suspende serviço de Sedex dos Correios

Em greve, Correios suspendem três serviços

Sedex 10, Sedex Hoje e Disque Coleta estão suspensos enquanto durar a paralisação, que atinge 32% dos funcionários, segundo presidente da empresa

Rafael Moraes Moura

BRASÍLIA - Após a deflagração de uma nova greve, os Correios decidiriam suspender temporariamente três serviços com hora marcada de entrega: Sedex 10, Sedex Hoje e Disque Coleta. Segundo o presidente da empresa, Wagner Pinheiro, 32% dos 109 mil empregados aderiram ao movimento grevista, o que vai provocar um crescente atraso na entrega de correspondências.

Segundo Pinheiro, enquanto a paralisação persistir, a negociação com os funcionários deverá permanecer suspensa, e os dias parados serão descontados.

Dos 35 milhões de objetos (cartas, encomendas, telegramas) entregues diariamente pelos Correios em todo o País, cerca de 5,3 milhões não chegaram ao local de destino ontem. "Entendemos que pode haver atrasos na entrega, isso deve acabar ocorrendo nos próximos dias", disse Pinheiro. Os três serviços suspensos representam, juntos, 40 mil objetos entregues diariamente - 0,11% do total.

Um plano de contingência está sendo organizado pelas áreas operacionais para tornar viável o atendimento no menor espaço de tempo possível por meio da realocação de funcionários e pagamento de horas extras - a entrega de faturas será priorizada.

A paralisação é maior na parte operacional - carteiros e operadores - do que na área administrativa, informou Pinheiro. De acordo com o presidente dos Correios, 18 mil carteiros deixaram de ir ao serviço ontem, o que representaria 60% do efetivo esperado para trabalhar.

"A empresa está convencida de que fez o melhor possível para evitar a paralisação, já que estávamos negociando por praticamente dois meses. Todos nós conhecemos as contenções de gastos definidas pelo governo federal (...) Estávamos no limite do nosso orçamento", afirmou o presidente.

Os Correios ofereceram proposta que incluía R$ 800 de abono, reajuste de salário de 6,87%, vale cesta básica de R$ 140 e aumento linear de R$ 50 a partir de janeiro de 2012. Na terça-feira, 34 dos 35 sindicatos filiados à Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) rejeitaram a oferta.

Os funcionários reivindicam, entre outras coisas, aumento real de R$ 400, piso salarial de R$ 1.635, vale-refeição/alimentação de R$ 30 (os Correios ofereceram R$ 25) e "melhores condições de trabalho".

FONTE: O ESTADO DE S. PAULO

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