terça-feira, 25 de outubro de 2011

Dívida pública subiu para R$1,8 trilhão

Aumento em setembro foi de R$40,3 bilhões. Com maior procura, taxa exigida por investidor caiu

Martha Beck

BRASÍLIA. A dívida pública federal subiu 2,28% - ou R$40,3 bilhões - em setembro e fechou o mês em R$1,808 trilhão. O aumento ocorreu devido a uma emissão líquida de títulos (de R$11,67 bilhões) e também à incorporação de juros que corrigem o estoque da dívida (R$28,67 bilhões). Segundo o coordenador-geral de Operações da Dívida, Fernando Garrido, a equipe econômica tem conseguido administrar o endividamento público sem dificuldades. Ele afirmou que, apesar da crise, a demanda dos aplicadores pelos papéis do governo não caiu.

Garrido explicou que, embora setembro tenha registrado o menor volume de emissões do ano - R$23,8 bilhões - a procura pelos títulos brasileiros fez com que a taxa exigida pelos investidores para comprar esses papéis também caísse.

O coordenador destacou que, no primeiro leilão de setembro, os títulos prefixados com vencimento em janeiro de 2014 (principal papel usado pelo governo para financiar a dívida) foram vendidos com taxa de 11,16% ao ano. Já em 20 de outubro, o percentual baixou para 10,91%.

Os estrangeiros reduziram sua participação na dívida. Enquanto em agosto eles detinham R$198,95 bilhões (ou 11,75% do total), em setembro, o montante foi de R$194,65 bilhões, ou 11,29%. Essa foi a primeira queda desde fevereiro de 2011.

FONTE: O GLOBO

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